Expectativa da Celesc é que obras comecem entre o fim deste ano e o início de 2021.
Quem passa à noite pela Via Rápida terá que permanecer no escuro. Mesmo após mais de dois anos da inauguração da rodovia que liga a BR-101 ao centro de Criciúma, o projeto de iluminação segue no papel.
A última previsão de licitação foi em setembro do ano passado. E nem mesmo a entrada da Via Rápida no Plano Rodoviário Estadual, passando a ser de competência da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, fez diferença, já que o projeto está todo a cargo da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
A expectativa é que os trabalhos de implantação da iluminação já tivessem iniciado na rodovia. Mas segundo a companhia, a pandemia atrapalhou todo o processo.
“A Celesc informa que, em virtude da pandemia por COVID-19, o calendário previsto para as obras de iluminação da Via Rápida Criciúma precisou ser ajustado e passa, nesse momento, pela fase de orçamento. A expectativa é de que a obra tenha início até o fim deste ano/início de 2021”, informou em nota oficial.
O projeto
O projeto original para a iluminação foi realizado pelo antigo Departamento de Administração da Infraestrutura (Deinfra), em 2015, dois anos antes da inauguração da Via Rápida. O problema é que ele não levou em consideração o relevo do local, padronizando as luminárias, como se estivessem todas no mesmo nível.
Segundo o gerente técnico da Celesc em Criciúma, Zulnei Casagrande, o projeto precisou passar por revisão. “Há desnível entre as pistas e tudo isso tem que ser levado em consideração na hora da especificação dos materiais. E veio especificada de forma padronizada, considerando tudo liso, tudo plano de fora a fora. Com isso aí há alterações nas especificações, preço e edital. Há a necessidade desta revisão, porque o relevo é importante. A altura das luminárias”, explica.
O relevo da Via Rápida também exige que cada ponto tenha um tipo diferente de luminárias. “Por exemplo, uma luminária de 12 metros serve onde é plano. Mas e onde tem um valo no meio? Se colocar uma de 12 metros ali, em cima da pista vai estar a dois metros de altura.É algo bem minucioso, que leva tempo”, revela Casagrande.
Com informações do site TNSul