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Criciúma: até 10 denúncias de abuso sexual são registradas por dia

Delegado reforça que as denúncias são anônimas e os casos são investigados pela equipe da DPCAMI.

Divulgação

Nessa semana é lembrado o Combate ao Abuso Sexual e à Exploração Sexual de Crianças de Adolescentes. Em Criciúma são recebidas, em média, sete denúncias desse tipo por dia na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) da Polícia Civil. De acordo com o delegado Fernando Guzzi, todas as denúncias são checadas pela equipe especializada.

Ele reforça que é resguardado o sigilo de quem denuncia. “Contamos com setor de investigação bem estruturado e tudo o que chega a gente vai atrás pra investigar. Os policiais contam com treinamento para minimizar os danos à vitima. A gente vai a fundo a cada denúncia que chega, inclusive crimes cometidos pela internet”, conta Guzzi.

Mudanças no comportamento

Segundo o delegado, os adultos precisam estar atentos às mudanças de comportamento das crianças e adolescentes. Ele conta que o município de Criciúma conta com uma rede de proteção com órgãos como o Cras e o Creas, Conselho Tutelar e escolas. “Todos os profissionais são orientados nesse sentido. Em caso de suspeita de abuso sexual efetivo, na delegacia é realizado um atendimento que não é ouvido no primeiro momento a criança. Porque o nosso protocolo evita a revitimização. Elas vão ser ouvidas só através de escuta especializada”, diz o delegado.

Ele explica que quando a criança é questionada, ela revive todo o trauma sofrido. E por isso os profissionais seguem o protocolo de ouvir as vítimas apenas uma vez. “Cada vez que uma vitima tem que falar sobre isso, é como se ela revivesse o ato sofrido. Tentamos minimizar os danos sofridos por conta daquele abuso. Temos duas psicólogas especializadas nisso. Quando não é necessário, ela acaba sendo ouvida uma vez só lá no fórum”, relata.

Cuidados na internet

O delegado ressalta a importância de os pais e responsáveis ficarem atentos ao acesso das crianças e adolescentes à internet, tanto no computador como no celular. Além disso, é preciso saber com quem os filhos estão conversando. “Os pais devem conscientizar e informar que há pessoas maldosas na internet, que enganam. Muitas vezes o criminoso se aproxima em um chat online de jogo e depois vem a tentativa de abuso sexual, através de mensagens e podendo evoluir para um encontro pessoal”, alerta Guzzi.

A Polícia Civil de Santa Catarina reforça os canais de denúncia e alerta os pais e/ou responsáveis sobre os cuidados necessários. O Disque 100 e o 181 são números que podem ser utilizados para denúncias anônimas.

“Precisamos cuidar de nossas crianças e adolescentes que estão acessando a internet em um tempo maior neste período de isolamento. Você deixar um filho sozinho na internet é o mesmo que abandonar uma criança no meio da rua numa madrugada”, alerta a coordenadora das DPCAMIs (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) em SC, delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila.

Ela alerta quanto a caminhos obscuros na internet, por exemplo, imagens chocantes para crianças e adolescentes. “Os pais devem verificar os canais de acesso, fazer o rastreio onde os filhos navegam e orientar para que eles que não caiam em ciladas mandando fotos e vídeos”, observa a delegada.

Abuso e exploração sexual

Existem diferenças entre o abuso sexual e a exploração sexual. O abuso acontece quando um adulto (ou alguém com maior maturidade) obtém satisfação sexual junto a uma criança ou um adolescente. Na exploração, ocorre que o fato é fruto de uma troca, seja financeira, de favores ou de presentes, com a criança ou o adolescente, ou com um segundo adulto que a alicia.

Com informações do site TNSul

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