O maior evento do gênero automobilístico realizado à beira-mar no mundo chega a 30ª edição.
A maior festa dos caminhoneiros do país iniciou, oficialmente, na noite de ontem em Balneário Arroio do Silva. A histórica 30ª edição da Arrancada de Caminhões deve reunir, ao longo dos quatro dias de evento, no mínimo 100 mil pessoas. A organização espera chegar até a 130 mil participantes. O evento envolve competidores de diversos Estados que curtem velocidade e muita adrenalina, além de um grande público espectador.
O portal de acesso ao Parque de Arrancadas será a partir do Castelinho (referência), no início da avenida Beira Mar Norte. A festa contempla uma área de 900 mil metros quadrados e área coberta de 7 mil metros quadrados para exposições, camarotes vips e praça de alimentação. “A estrutura está pronta. Fizemos os últimos acertos para melhor receber a todos os participantes”, comenta Joey Ramone Cichella, diretor de turismo de Balneário Arroio do Silva.
A quinta-feira serviu para ajustes dos últimos detalhes. Os comércios de lanches, bebidas e exposições fizeram a montagem dos estandes para atender aos milhares de visitantes. Segundo José Felisberto Pereira, que comercializa os espaços, a maioria dos locais já foram ocupados. “Se alguém tiver interesse em montar algum ponto de venda de comida ou bebida num raio de 300 metros da festa deverá nos procurar e providenciar alvará na prefeitura. Teremos fiscalização em toda a área do evento”, frisa.
Ajustes na competição para maior segurança
Nas areias, a expectativa é de muita disputa entre pilotos catarinenses, gaúchos, paranaenses, paulistas e mato-grossenses. Devido a alguns graves acidentes acontecidos em edições anteriores, a pista diminuiu de 250m para 201m. São 49 metros a menos. Os caminhões agora, por obrigatoriedade, devem ter o Santo Antônio, que é a gaiola de proteção. Os únicos veículos que estão liberados de usar o acessório são os automáticos, novos, e que tem o controle de tração.
O cinto deve ter cinco pontos, ser afivelado no banco e não na coluna do veículo, como acontecia antigamente. O caminhão deve possuir banco de competição e os pilotos precisam ter capacete homologado, protetor cervical e todos os equipamentos completos de uma competição profissional. “Eles são uso obrigatório para os pilotos. São modificações que foram feitas com muito aprendizado. Os pilotos vão exagerando, fazendo ‘gambiarras’, e a gente vai aprendendo e tentando tirar o máximo. Tudo pela segurança do evento”, comenta Cichella.
O chassis do caminhão possui duas barras paralelas, onde são colocados motor, cabine e demais compartimentos. Nos últimos anos, registrou-se que alguns pilotos modificavam esse chassis. “Eles diminuíam o espaço para as rodas ficarem mais próximas e, assim, ganhar mais velocidade. Diminuia a distância entre eixos, diminuía o peso, mas aumenta a instabilidade da máquina. Agora, foi tudo proibido: só poderão participar das provas, os caminhões que tiverem eixos originais, para manter a estabilidade”, explica o diretor.
Quem for assistir ao evento, terá uma estrutura de segurança completa à disposição. “As policias Militar e Civil estarão presentes. Temos o Corpo de Bombeiros, equipe de saúde e emergência particular contratados no local. Uma equipe bem grande e todos trabalhando para que as pessoas possam ficar bem tranquilas e curtir o evento à vontade”, comenta Cichella.
Com informações do site TNSul