Fórum Regional Sul de Saúde do Trabalhador faz mobilização pedindo melhores condições de tratamento nas perícias médica e agilidade nos agendamentos.
Fila de espera para realização das perícias, atendimento precário por parte dos médicos e privatização de instituições de Saúde. Estes são os motivadores da manifestação de trabalhadores e movimento sindical nesta segunda-feira, que acontecerá em frente à agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a partir das 7 horas. Os manifestantes vão aproveitar a ocasião para fazer um abaixo-assinado contra a privatização da saúde por meio de Organizações Sociais (OS).
“Ao invés de melhorar os serviços de atendimento médico ao trabalhador, tem piorado”, analisa o diretor do sindicato dos bancários e integrante da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Edgar Generoso. Segundo ele, o INSS não está conseguindo garantir um rápido atendimento ao trabalhador que precisa das licenças para tratamento de Saúde. “Hoje um trabalhador que está de atestado médico, ao ir INSS para marcar perícia, em alguns casos levam até cinco meses para ter o agendamento dela. Muitas vezes o atestado é de 30 ou 40 dias e quando a perícia é marcada, o atestado já venceu”, pontua.
Além de maior agilidade nos agendamentos das perícias, outra reivindicação é pela humanização destes serviços. “O que a gente pede é que o trabalhador que está doente, que está com atestado e que tem exame que comprove a sua doença não seja olhado, como normalmente acontece, com desconfiança de que está ali fingindo, fraudando para se encostar”, enfatiza Generoso.
A mobilização tem por tema “Pela Humanização das perícias médicas do INSS e Pelo fim da longa fila de espera das perícias”. O ato é organizado pelo Fórum Regional Sul de Saúde de Trabalhador e vai contar com a participação de sindicatos e outras entidades representativas da classe trabalhadora da região. Os cursos de Medicina e Direito da Unesc também contribuirão com a ação, levando orientações e coletando dados junto aos trabalhadores.
No ano passado, um dos manifestantes estava vestido de frango, numa citação à agroindústria, na qual muitos profissionais acabam ficando doentes devido à repetição de movimentos. Para esta segunda-feira, a expectativa que fica é a de saber se o mascote que está sendo chamado de ‘Preto’ será o mesmo ou se o movimento fará uma nova figura como destaque. A mobilização é uma alusão ao Dia Mundial da Saúde, lembrado neste sábado.
A Tribuna