Os casos suspeitos podem sinalizar a circulação do vírus da febre amarela em macacos, o que aumenta o risco de transmissão em humanos.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), emitiu na segunda-feira (20) uma nota de alerta sobre a situação da febre amarela em Santa Catarina. Nos primeiros 20 dias deste ano, foram registradas 64 mortes de primatas com suspeita da doença. Em janeiro de 2019, foram 20 mortes do tipo durante o mês.
“Se compararmos com o ano passado isso mostra uma aumento de três vezes o número de epizootias notificadas. Apesar de não termos a confirmação da febre amarela neste ano de 2020 isso sinaliza para um cenário de risco”, explica João Fuck, gerente de Zoonoses da DIVE/SC.
Os casos investigados estão concentrados nos municípios de São Bento do Sul, Campo Alegre, Rio Negrinho, Pomerode, Blumenau e Timbó. A morte dos animais serve como alerta de que a doença pode voltar a afetar os moradores da região.
As mortes deste ano ainda estão em análise no Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, laboratório de referência para Santa Carina. A DIVE/SC recomenda que os profissionais de saúde fiquem atentos aos casos suspeitos da doença, orienta sobre a importância da vacinação e a notificação da morte ou adoecimento dos primatas.
Casos por região de saúde e cidades
Vale do Itajaí
Blumenau (7), Indaial (1), Pomerode (10), Rodeio (1) e Timbó (1)
Grande Florianópolis
Florianópolis (4)
Oeste catarinense
Caçador (1) e Ibiam (1)
Sul catarinense
Jaraguá do Sul (7) e Massaranduba (5)
Serra Catarinense
Cerro Negro (1), Palmeira (1), São José do Cerrito (1)
Norte catarinense
Campo Alegre (4), São Bento do Sul (16) e Rio Negrinho (2)
Vale do Itajaí
Luiz Alves (1)
Vacinação
A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se proteger é através da vacinação. De acordo com a DIVE/SC, até o momento, a cobertura vacinal no estado está em 84%.