Duas servidoras vão responder por peculato, abuso de confiança e receptação qualificada; outras cinco pessoas, donas de restaurantes, também responderão por receptação qualificada.
A Polícia Civil concluiu na tarde desta terça-feira (3) o inquérito policial que apurou desvio de carnes da merenda escolar de creches municipais de Criciúma. A ação é da 1ª Delegacia de Polícia de Criciúma. Trata-se da Operação “Bocas Famintas” realizada em outubro após denúncia de desvio de merenda escolar na cidade.
Duas mulheres vão responder por crime de peculato, que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público, e receptação qualificada. Outras cinco pessoas, donas de restaurantes, também responderão por receptação qualificada.
Segundo o delegado Túlio Magalhães Falcão, da 1ª DP e que presidiu o inquérito, no total foram desviados 14,6 toneladas de alimentos, em um prejuízo estimado de R$ 143 mil aos cofres públicos. Os produtos iriam atender a 32 creches de Criciúma.
A investigação também descobriu que as carnes desviadas eram vendidas para donos de restaurante que adquiriam os produtos da cooperativa responsável pela distribuição.
Prisões
A Polícia Civil foi acionada sobre os fatos por meio de coordenadores da instituição responsável pelo fornecimento das merendas escolares para o município. As investigações então identificaram possível desvio de toneladas de carnes, tendo como suspeita a participação de uma funcionária da referida instituição.
Em outubro, quando iniciou a investigação, a polícia encontrou na casa de uma das suspeitas cerca de 40 quilos de peito de frango que deveriam ser entregues nas creches, anotações referentes às vendas e R$ 2.250 provenientes da venda do produto do crime. As duas mulheres presas vão responder ao inquérito em liberdade, aguardando manifestação da Justiça.