A pesquisa revela também que o número de empregados sem carteira de trabalho assinada chegou a 11,9 milhões de pessoas.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% entre os meses de agosto e outubro deste ano, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29), pelo IBGE.
O levantamento mostrou também que o número de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado chegou a 11,9 milhões de pessoas. Este é o novo recorde na série histórica. Outro recorde foi na quantidade de trabalhadores por conta própria, que chegou a 24,4 milhões de pessoas.
Segundo a analista da pesquisa Adriana Beringuy, a redução de desempregados está diretamente relacionada ao aumento dos trabalhadores por conta própria e dos empregados sem carteira assinada.
“Essa redução da desocupação está ocorrendo porque está havendo expansão no número de trabalhadores, de mais pessoas ocupadas, que tem encontrado ocupação, principalmente em atividades que elas se inserem enquanto trabalhador por conta própria; empregado no setor privado, porém sem carteira de trabalho assinada, que, de certo modo, mostra um crescimento desses vínculos que nós chamamos mais informais”, conta.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi de R$ 2.317,00 no trimestre de agosto a outubro, registrando uma estabilidade frente ao trimestre de maio a julho e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.