A mobilização resultou em 48 prisões, 41 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, além de 620 fiscalizações de medidas protetivas
A Polícia Civil realiza nesta quarta-feira (27), a Operação Marias para frear os índices de violência doméstica em Santa Catarina. A mobilização resultou em 48 prisões, 41 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, além de 620 fiscalizações de medidas protetivas, conforme balanço atualizado no fim da tarde. Também foram apreendidas armas e munição com suspeitos.
Estão mobilizados mais de 350 policiais civis das 30 Delegacias Regionais do estado. As prisões são preventivas ou de sentença definitiva, determinadas pela Justiça, e motivadas por crimes como violência sexual, estupro de vulnerável, ameaça, descumprimento de medida protetiva e posse irregular de arma de fogo.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, destacou a ação como forma de reduzir os índices de feminicídios e de prevenção à violência contra a mulher no estado. “Há um ditado popular que diz que em briga de marido e mulher a gente não mete a colher, mas em Santa Catarina a Polícia Civil mete a colher sim. Nós defendemos as vítimas, temos programas de conscientização, ações sendo realizadas pelas Delegacias da Mulher, eixos temáticos, seminários e, principalmente, contamos com a população para que faça as denúncias para a polícia poder agir”, ressaltou o delegado-geral.
A coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs), Patrícia Zimmermann, enfatizou que os policiais continuarão nos próximos dias em busca do cumprimento de todos os mandados judiciais. No total, a Polícia Civil espera cumprir 81 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra suspeitos de violência doméstica, 23 mandados de busca e apreensão e 1.211 fiscalizações de medidas protetivas.
“O importante é que as vítimas possam ter a certeza de que a Polícia Civil está aqui para proteger essas mulheres e que atua incessantemente em defesa delas. Estamos dentro dos 16 dias de ativismo e hoje é uma operação nacional, quando as Delegacias da Mulher têm se mobilizado para cumprir essas ordens judiciais em um incremento maior dessas ações”, disse a delegada.
Sobre a operação
O nome “Marias” faz referência a Maria da Penha Maia Fernandes, vítima emblemática de violência doméstica, referencial na luta em defesa dos direitos das mulheres e cujo nome é emprestado à lei “Maria da Penha”. A operação tem caráter nacional em parceria com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) e é realizada também em outros estados.