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Os detalhes da possível dívida de R$ 1 bilhão da prefeitura de Criciúma

Na tribuna nesta segunda-feira, vereador Zairo Casagrande requereu dados sobre valores de renegociações e financiamentos.

Divulgação

Na tribuna da Câmara dos Vereadores nesta segunda-feira, 30, o vereador Zairo Casagrande (PSD) apresentou mais detalhes sobre o possível endividamento da prefeitura de Criciúma em renegociações e novos financiamentos contraídos pela atual gestão. O valor estimado – agregando o saldo do Criciumaprev – pelo vereador é de mais de R$ 1 bilhão que seria deixado para futuros prefeitos.

Zairo pediu para a terça-feira um requerimento para que a prefeitura detalhe as dívidas que serão deixadas após o fim do mandato, em 2020. O vereador questiona ainda os valores mensais futuros para pagar essas dívidas e quais seriam os prazos finais. “Trazer para os vereadores poderem se posicionar se devem aprovar novos empréstimos. Nenhum vereador aqui faz conta para seus filhos pagarem. Ninguém faz isso. Os valores atuais, na minha estimativa de R$ 1 bilhão e 24 milhões, pode avançar 4 ou 5 mandatos”, justifica.

O assunto já havia sido levantado por Zairo na semana passada, em conversa com a reportagem do portal. Nesta segunda-feira, o vereador trouxe mais detalhes sobre os valores.

Nas contas do vereador, sem considerar o Criciumaprev, o endividamento é de R$ 383 milhões de reais, com renegociações e financiamentos aprovados pela Câmara: relativos ao fonplata (R$ 72,5), pagamento de INSS (R$ 76 milhões), Pasep (R$ 36 milhões), Finisa (R$ 35 milhões), Avançar Cidades (R$ 28 milhões) e mais R$ 30 milhões para asfaltamento e iluminação pública – esse último, valor liberado pela prefeitura nesta segunda.

“Qual o valor do déficit do Criciumaprev para pagar os aposentados e pensionistas? Qual o déficit para honrar o pagamento dos ativos da prefeitura? Quanto falta no caixa para o pagamento das futuras aposentadorias? Isso me causa estranheza”, questiona Zairo. Os cálculos próprios do vereador indicam déficit de 42 milhões no caixa para pagar aposentadoria dos que já estão aposentados e R$ 598 milhões para os servidores que irão se aposentar num futuro próximo.

Júlio Colombo rebate

Ainda na tribua, o vereador Júlio Colombo (PSB), rebateu a argumentação de Zairo e citou dívidas contraídas em outras administrações. “Todo o nível de endividamento do município segue regras e normas. O que dizer das dívidas acumuladas de gestões anteriores? De quem é essa responsabilidade? De várias e várias parcelas do Criciumaprev e dos provedores que não foram pagos?”, contra-argumenta Colombo.

“Quando nós não temos dinheiro para comprar um carro, nós financiamos, dentro das nossas possibilidades de pagamento. Se estão seguindo os índices permitidos e tá sendo aplicado em benefício da cidade, o que tem de irregular? Nada”, finaliza.

Com informações do site 4oito 

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