Medida do presidente Jair Bolsonaro foi analisada por Vinicius Ribeiro.
Foi publicado no Diário Oficial da União a determinação do presidente Jair Bolsonaro para proibir os radares móveis nas rodovias federais. A expectativa é de que a medida passe a valer já na segunda-feira, 19. Segundo o presidente, os equipamentos são “assaltantes”. A suspensão seguirá até que novas normas para a fiscalização eletrônica sejam elaboradas.
“É difícil falar se essa é uma medida certa ou não. O que eu não concordo é quando o presidente diz que é a indústria da multa, se o motorista seguir a velocidade limite não será multado”, disse o advogado e instrutor de trânsito, Vinicius Ribeiro. A medida foi possível já que a Polícia Federal é controlada pelo Governo.
Jair Bolsonaro pretende remover ainda os radares fixos, mas estes são responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Segundo o comentarista de trânsito, os condutores poderão ter a sensação de impunidade, já que não correrão mais o risco de serem surpreendidos por radares móveis.
“Devemos preparar os novos condutores, talvez desde a escola, para que eles sigam a legislação”, analisou. “Eu acredito que não é uma boa ideia neste momento. Eu sou contra retirar os radares móveis, porque não somos treinados para respeitar a velocidade”, completou o advogado. A suspensão vale para equipamentos estáticos, móveis e portáteis.
Em julho a Justiça determinou que o DNIT instalasse 1.140 radares fixos, para monitorar 2.278 faixas. A expectativa é de que estejam funcionando em dois meses. Serão 8 mil pontos de fiscalização. Antes, Bolsonaro havia suspendido a instalação.
Com informações do site 4oito