Segurança

Polícia prende em SC quadrilha que fazia documentos falsos para foragidos da Justiça

Com novas identidades, criminosos conseguiam viver normalmente em Sombrio.

Divulgação/NSC TV

A Polícia Civil prendeu em Sombrio um grupo que confeccionava e vendia carteiras de identidade e certidões de nascimento falsas para criminosos foragidos do Rio Grande do Sul que vivem em Santa Catarina.

Um vídeo mostra o momento em que policiais entram no apartamento de um foragido do Rio Grande do Sul e prendem o homem. Ele foi condenado por homicídio, mas conseguiu fugir do presídio de Cruz Alta em fevereiro deste ano.

O criminoso conseguia viver uma vida normal em Sombrio. Tudo, segundo a polícia, por causa dos documentos falsos.

“Em abordagens policiais não estaria nenhuma irregularidade, passariam por blitze, poderiam fazer negócios. Inclusive um dos autores presos possuía dois R.G.s [Registros Gerais] no estado de Santa Catarina”, disse o delegado Luis Otávio Pohlmann.

Investigação

A investigação apurou que ele participava de um esquema que confeccionava carteiras de identidade e certidões de nascimento falsas para foragidos do sistema prisional gaúcho.

“No Instituto Geral de Perícias de Palhoça, na Grande Florianópolis, onde então confeccionavam carteiras de identidade que o documento em si era autêntico, porém os dados ali inseridos eram falsos “, declarou Pohlmann. Até o momento, a investigação não apontou a participação de nenhum agente público no esquema.

Outro homem e uma mulher também foram presos. Com eles, foram apreendidos 15 documentos falsos, R$ 9 mil em dinheiro e uma arma sem registro.

A mulher segue presa na Delegacia de Sombrio e aguarda audiência de custódia, que deve ocorrer nesta sexta-feira (19). Os outros dois presos foram encaminhados ao Presídio Regional de Araranguá, também Sul do estado, e também esperam pela audiência.

A polícia vai analisar o material apreendido para tentar identificar mais pessoas que foram beneficiadas pelo esquema.

“Foram apreendidos alguns aparelhos celulares, notebooks e outros eletrônicos, que vão passar por uma análise pericial e também dos policiais a fim de colhermos informações que possam levar à autoria de outros membros do grupo e até mesmo de outros clientes que tenham se valido do esquema”, falou Pohlmann.

Com informações do G1 SC

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