Pescaria forte quebrou uma série negativa na safra. Temperatura do mar colaborou.
“Graças a Deus”. Assim, e aos risos, o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, do Balneário Rincão, João Piccolo, vem respondendo positivamente às perguntas sobre a pescaria forte desta sexta-feira. “Estava na hora”, emendou. De fato, a safra começou em 1º de maio e, até agora, os peixes que garantem o sustento dos pescadores do Rincão ainda não haviam aparecido.
E vieram em um volumoso cardume. Foram mais de doze toneladas pescadas na costa rinconense nas últimas horas. “Começou a mudar a temperatura do mar, a água esfriou bastante, isso ajuda. Mas pode esfriar um pouco mais ainda, ela ainda está um pouco acima e não favorece tanto a aproximação da tainha. Quanto mais fria a água, mais próximo da costa ela passa”, explica Piccolo.
O jejum de tainhas não era um fato restrito ao Rincão. “Era em todo o litoral de Santa Catarina. Por isso que essas doze toneladas são tão bem vindas”, observou o presidente. Mas a quantidade ainda está muito aquém da meta. E o pior. A safra termina no fim de junho. “Ou seja, temos poucas semanas e não estamos nem perto das 80 toneladas do ano passado. A nossa meta era ao menos igualar”, referiu. “Ainda é bem preocupante pensando no sustento das nossas famílias”, relatou.
A pesca predatória e industrial não está prejudicando a safra dessa vez. “Não, inclusive a pesca industrial esteve suspensa pois eles haviam capturado acima da cota do ano passado”, apontou Piccolo. “Esperamos que daqui para a frente a coisa continue melhorando”, concluiu.
Com informações do site 4oito