Além de terem maior chance de óbito, por causa da fragilidade dos meios de locomoção, eles também sofrem as lesões mais graves
A região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) já contabilizou 21 mortes por acidentes de trânsito em 2019, mais precisamente até o dia 11 deste mês. A maioria deles, 11, envolvem ciclistas ou motociclistas. Por conduzirem os meios de locomoção mais frágeis, eles acabam levando a pior em acidentes contra carros e ônibus. Mas, quando conseguem evitar a fatalidade, o retorno à vida normal nem sempre é rápido, e muito menos fácil.
Somente nesse ano, acidentes de trânsito deixaram 189 pessoas com lesões corporais na região, sendo 67 apenas em Criciúma. Muitos desses lesionados ainda não conseguiram voltar à rotina do dia a dia, por conta das limitações físicas que precisam ser tratadas nos casos de lesões graves.
O ortopedista e traumatologista da Únic – Centro Integrado em Saúde, dr. Giovanni Zappellini Filho, explica que após o acidente muitos pacientes chegam à clínica com dores nas diversas regiões acometidas, principalmente quando envolvem as articulações, além de limitação de alguns movimentos.
Com ou sem necessidade de cirurgia, o atendimento multidisciplinar com os profissionais adequados e capacitados, no caso Ortopedista e Traumatologista e também o Fisioterapeuta, é de fundamental importância para a melhor recuperação possível. “Com a recente alta dos combustíveis é muito provável que tenhamos um acréscimo do número de motos no trânsito de nossas cidades e, por conseguinte, o aumento do número de casos de acidentes, sendo eles leves ou graves. A abordagem com profissionais especializados e de forma precoce auxilia em uma recuperação mais adequada de acordo com cada tipo de trauma e lesão”, ressalta o dr. Giovanni Zappellini Filho.
Mas a parte mais demorada, e a mais importante para o retorno às atividades do acidentado é a fisioterapia. “Depois de corrigir os tipos de lesão, o pós-cirúrgico é uma fase muito importante do tratamento, porque neste momento o fisioterapeuta terá como objetivo devolver mobilidade sem dor na região lesionada, e posteriormente dar força e treinar o condicionamento físico para que o paciente volte a executar os movimentos normais do corpo com pouca ou sem nenhuma limitação”, explica o fisioterapeuta da Únic, Kelvin Couto Rodrigues.
Maio Amarelo
O Maio Amarelo é um movimento internacional que visa conscientizar motoristas e pedestres para reduzir o número de acidentes de trânsito. Além disso, o movimento tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes no trânsito em todo o mundo.