Aborto criminoso teria ocorrido há um ano e meio pela mãe da garota. Jovem revelou o local após denúncia de agressão contra mulher.
Uma denúncia de infração à Lei Maria da Penha acabou tomando uma maior dimensão nesta terça-feira em Criciúma. N.F.E., de 21 anos, o acusado de uma agressão, acabou revelando a polícia que a sua ex-namorada, com a ajuda da mãe da garota, fizeram um aborto, há um ano e meio, sendo que a jovem já estava com quase seis meses de gestação, e que ele havia enterrado o feto no quintal da casa.
“A mãe dela deu um comprimido para ela tomar e depois injetou um remédio na vagina, não deu meia hora ela foi ao banheiro e não voltou. Quando eu fui olhar ela estava caída no chão do banheiro sangrando e dentro do vaso estava o meu filho”, diz o jovem.
Segundo ele, a mãe da garota foi a grande responsável pelo ocorrido. “A mãe dela já havia feito aborto na irmã dela também. Eu queria o meu filho, e agora que eu estava bem de novo, estou trabalhando e namorando, e as duas ficam me incomodando. Incomodaram tanto que eu perdi a cabeça e vim aqui na frente da casa. Chamei a mãe dela pra conversar e ela não saiu, eu toquei pedra no vidro e disse que se ela não chamasse a polícia eu ia chamar”, explica N.
Segundo o policial militar Ballmann, o garoto tinha um restritivo para não se aproximar da residência. “Depois do chamado foram todos conduzidos para a delegacia, e lá ele informou do feto enterrado. A menina confirmou que fez o aborto, mas não soube dizer o que foi feito do feto. O depoimento dele é bem consistente, apesar de não termos achado o feto inteiro, e por enquanto não se pode afirmar nada”, conta o policial.
O perito chegou à residência que fica no Bairro Santa Luzia por volta das 11h40min, e segundo policiais que estavam no local ele não pode constatar se o material encontrado em uma sacola era mesmo um feto, mas que ele seria estudado e ficaria a cargo do delegado tomar as providências cabíveis.
Para N. a certeza de que o que foi encontrado é o feto. “Eu tenho certeza que é o meu filho, eu enterrei dentro de uma sacola plástica e é a mesma. Eu posso até ir preso hoje, mas depois de um ano e meio eu vou conseguir dormir tranquilo”, afirma o jovem.
A Tribuna
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