O objetivo dos cálculos é avaliar os impactos e a viabilidade econômica do pleito da Prefeitura, que pede um percentual acima dos 5% que foi ofertado pela CASAN.
A Diretoria da CASAN e a Prefeitura de Criciúma deram andamento, na tarde desta quinta-feira, às negociações a respeito dos valores envolvendo o saneamento do município. Após duas horas de reunião, quando ambas as partes analisaram pleitos e justificativas, ficou acertado que até 14 de março haverá trocas de informações entre técnicos da Companhia e da Prefeitura para reavaliar eventuais alterações nos investimentos previstos no Contrato de Programa vigente.
Durante duas horas, a comitiva de Criciúma liderada pelo prefeito Clésio Salvaro fez observações e perguntas aos engenheiros e advogados da empresa e reconheceu que “o serviço prestado pela CASAN em Criciúma é bom, e não se questiona a sua qualidade”, mas questionou os custos. O diretor de Operação e Expansão, engenheiro Fábio Krieger, apresentou dados sobre a reestruturação da Companhia anunciados pela Diretoria que assumiu dia 22 de fevereiro. “Já de imediato alteramos a Estrutura Organizacional, reduzindo em 31% o valor das funções gratificadas”, informou Krieger.
O superintendente Regional do Sul, Gilberto Benedet, revelou que os números de perdas de água em Criciúma se aproximam de 30% – e não 50% como inicialmente a Prefeitura acreditava – e devem cair nos próximos dois anos para 25%, bem abaixo da média nacional.
Para a reunião em Criciúma, serão feitas simulações no Contrato de Programa considerando o repasse de recursos da tarifa ao Fundo Municipal de Saneamento (Funsab). O objetivo dos cálculos é avaliar os impactos e a viabilidade econômica do pleito da Prefeitura, que pede um percentual acima dos 5% que foi ofertado pela CASAN.
“Tenho certeza de que o bom senso prevalecerá ao final desta série de encontros e conversas”, disse a diretora-presidente, Roberta Maas dos Anjos. “A presença unânime da Diretoria e dos principais técnicos para receber o prefeito é uma manifestação da importância de Criciúma para a CASAN, mas não podemos comprometer o equilíbrio econômico da Companhia e nem ferir o Contrato de Programa e por isso os estudos técnicos e simulações se justificam”.
O Contrato de Programa assinado em 2012 prevê que até 2017 teriam de ser investidos R$ 72.891.146,00 nos sistemas de água e esgoto de Criciúma, mas o montante aplicado pela CASAN na cidade, no período, alcançou a soma de R$ 111.540.786,00.
Colaboração: Comunicação CASAN