Dados são referentes ao período de outubro de 2018 a janeiro de 2019 em comparação com outubro de 2017 a janeiro de 2018.
O número de mortes por afogamento aumentou 65,2% na comparação entre 1º outubro de 2018 a 15 de janeiro de 2019 e 1º de outubro de 2017 a 15 de janeiro de 2018. Nesta temporada, foram registradas 38 mortes, contra 23 da temporada passada. A maioria delas ocorreu em água doce.
Considerando também as mortes do fim de semana, foram 24 em água doce e 15 no mar. Dos 1.150 guarda-vidas que atuam no estado, 14 ficam no interior. Para quem está longe do litoral, os bombeiros recomendam procurar parques aquáticos e clubes.
Interior
Uma das mortes por afogamento ocorreu em Brusque, no Vale do Itajaí. Vinicios Matias da Silva, de 25 anos, foi encontrado nesta segunda-feira (21) já sem vida.
Na tarde de domingo (20), o jovem estava pescando com mais cinco amigos no Rio Itajaí-Mirim. Ele resolveu entrar na água pra se refrescar. Chegou a nadar até a outra margem, mas, na volta, começou pedir socorro. Um amigo tentou ajudar, mas não conseguiu.
No lugar onde eles estavam, não tinha guarda-vidas. “A gente não tem como deixar militares, ou até mesmo guardas civis, na região de um rio. O efetivo não suporta essa possibilidade”, afirmou o coordenador de instrução dos bombeiros de Brusque, sargento Carlos Rodrigo da Silva.
“No interior, a gente tem tentado levar o Projeto Golfinho, que ensina as crianças sobre os cuidados que devem ser tomados com a água, e também investido em placas e sinalização nesses locais que têm mais circulação de pessoas”, disse o capitão Bruno Azevedo, do Corpo de Bombeiros.
Nesses lugares, se alguém se afogar, os bombeiros fazem um pedido: “O ideal não é que tente fazer o salvamento, porque pode se tornar uma segunda vítima, e sim tentar alcançar para essa vítima alguma coisa que boie, uma garrafa pet, uma bola, de repente, para tentar fazer com que ela consiga ficar na superfície e se deslocar para a margem”, disse o sargento.
Quando o socorro chega a tempo, o resgate termina no hospital. O Universitário em Florianópolis tem recebido, em média, três casos por final de semana.
O médico Ademilson Ferreira contou o que ajuda no trabalho dele depois: “deixar a pessoa virada de lado, para evitar também a aspiração do vômito. Outra coisa é avaliar se ela está consciente ou não. Gritar o nome da pessoa, falar alto mesmo no ouvido dela. Se ela estiver inconsciente, iniciar as manobras de ressuscitação, respiração boca a boca, empurrar mesmo o ar, fechar com os dois dedos o nariz, abrir a boca da pessoa e empurrar, soprar mesmo o ar na boca da pessoa”.
Com informações do site G1/SC