Conforme delegado Ivaldo Gregório, mulher morreu do coração após ser agredida. Este é o 5º homicídio registrado em Criciúma neste ano.
Uma briga de casal acabou em morte, no final da noite de quinta-feira (17), em Criciúma. Uma mulher, de 59 anos, sofreu um infarto depois que caiu no chão após o marido, de 63 anos, lhe agredir.
O homem chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu, que constatou o óbito ainda no local. No entanto, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) também foram acionados, contudo, o marido alegava que havia sido morte natural.
De acordo com o delegado Ivaldo Gregório, que estava de plantão, em princípio houve a desconfiança de que se tratava de um feminicídio. A tese era de que ao bater na esposa, ela tivesse caído com a cabeça no chão, vindo a morrer. Porém, conforme Gregório, o médico legista do Instituto Médico Legal – IML de Criciúma descartou a hipótese. O profissional atestou que, de fato, não houve nenhuma lesão que pudesse ter causado a morte, a não ser o infarto do miocárdio.
Para o delegado, no entanto, não se descarta que a briga foi a causa do óbito, mesmo que sem intenção. “Ele foi indiciado por homicídio culposo, ou seja, aquele que não há a intenção de matar. O feminicídio se descarta porque não houve dolo, entretanto, ele responderá pela morte. Além disso, ele deve responder também por violência doméstica, prevista na Lei Maria da Penha, já que deu um tapa ou um soco nela”, relata Gregório.
O policial afirmou que as investigações continuam. Embora alguns vizinhos tenham dado depoimento, afirmando, inclusive, que ouviram brigas, outras pessoas devem ser escutadas para que hajam mais indícios. “Em depoimento ele afirmou que bebeu ‘dois martelinhos de cachaça’, que queria voltar para o bar, mas ela não deixou, o que gerou a briga”, esclarece o delegado. Ele foi encaminhado ao Presídio Regional Santa Augusta.
Este é 5º homicídio registrado em Criciúma somente em 2019 e o 6º na Região Carbonífera.
Com informações do Portal DN Sul