Esporte

Associação Atlética Orleans oportuniza futuro melhor a atletas de outros estados e país

Além das categorias de base, feminino e profissional, a A.A. Orleans atende mais de 100 alunos com escolinhas nas áreas urbana e rural da cidade.

Iury Mateus (20 anos, Alagoas), Wellington Ribeiro (18 anos, Recife), Jules Frédéric Ngassa Njiki (19 anos, Camarões) e Ítalo Marcos (17 anos, Recife) participaram de entrevista ao lado do diretor Roberval Medeiros Pedroso, o Val – Foto: Ketully Beltrame / Sul in Foco

O esporte como um instrumento social, que pode transformar futuros e contribuir para uma sociedade melhor. É desta forma que Roberval Medeiros Pedroso, o Val, diretor e idealizador da Associação Atlética Orleans vê o futebol. Dar oportunidades a crianças e jovens é o propósito que o motiva a enfrentar todas as dificuldades que surgem e manter o projeto em atividade.

Foto: Divulgação

A chance, que até então era dada apenas aos moradores da área urbana e rural da Cidade das Colinas, rompeu barreiras. A partir do fim de 2018, o clube passou a receber atletas de diferentes estados – como Maranhão, Alagoas, Recife e São Paulo – e até de um país estrangeiro.

Dois atletas de Camarões, Ulrich Bodouin, 22 anos, e Jules Frédéric Ngassa Njiki, 19 anos, deixaram família e amigos em sua terra de origem em busca de um sonho.

“Eu acho que há um bom treinamento aqui. Os jogadores são bem tratados, gosto muito dos meus colegas de equipe. Todos nos tratam bem. Nós amamos o futebol brasileiro. Esta é a razão pela qual eu vi aqui no Brasil uma oportunidade. Eu quero jogar profissionalmente e vou trabalhar duro para fazer isso aqui”, contou Jules Frédéric, que se comunicou por meio do Google Tradutor. Ele já jogou pelas categorias Sub 17 e Sub 20 da Seleção de Camarões.

Iury Mateus, 20 anos, de Alagoas, tem boas expectativas com a vinda para o clube de Orleans. “A experiência tem sido muito boa. As pessoas da cidade são receptivas e nos acolhem bem. O alojamento também é de qualidade, com um nível acima dos que já passei. Já passei por locais em que a estrutura não oferecia o que oferecem aqui. Para sair de Alagoas para vir para cá sem a família, tem que haver ao menos boa comida e um lugar digno para dormir. Graças a Deus, desde que cheguei aqui, está tudo sob controle. Minha expectativa é que aqui seja uma ponte para um nível melhor para ajudar o clube e minha família”, afirmou.

Conforme Val, a principal característica do clube é formar não apenas atletas, mas cidadãos. “Eu busco exatamente o perfil de atleta que saiba conviver em equipe, ajude os demais, contribua com as tarefas, não se envolva com drogas. Procuramos pessoas que tenham boa índole. Temos como visão que eles rumem para novos caminhos e são esses detalhes que a gente analisa. Todas essas características contribuem para que eles consigam ir para fora”, apontou o diretor.

Cicero Matheus Pereira da Silva foi o primeiro atleta da A.A. Orleans a atuar em um time do exterior. Fruto de parceria com o Futebol Clube de Carrazeda de Ansiães, ele reside atualmente em Portugal. “Ele está lá de igual para igual, joga de titular nos juniores e no profissional está no banco de reserva”, contou Val. “Estamos praticamente começando. No primeiro ano, fomos vice-campeões do profissional e campeão no Sub 17 e no segundo ano fomos campeões do Sub 20. Não sabemos quais resultados iremos alcançar neste ano, mas, com certeza, o trabalho feito com dedicação e transparência faz com que empresários nos procurem e, na hora de indicar alguém, não vale apenas o que se faz em campo, mas principalmente fora dele”, acrescentou.

Equipe que representou a A.A. Orleans na 14ª Copa Cidade Verde – Foto: Divulgação

Neste ano, o primeiro desafio do clube foi no Sub 19, da 14ª Copa Cidade Verde, disputada em Três Coroas, no Rio Grande do Sul. Trata-se da maior competição de categorias de base do Brasil, que conta com a participação de mais de 150 times, de diferentes estados. Somente com Orleans, no Sub 19, havia 18 equipes.

“Mesmo com a vitória e ficando em segundo lugar no grupo, não foi o bastante para se classificar. O time da Cidade das Colinas ficou em 10° na colocação geral, e se classificavam apenas os oito primeiros. Nossos guerreiros lutaram até o fim e honraram o nosso manto. Saímos com o sentimento de dever cumprido, pois fizemos o nosso melhor, desde a direção, comissão técnica e jogadores. Esta foi a primeira vez que disputamos esta competição, que é bastante visada. Serviu como preparação para o ano de 2019 do grupo júnior, que vai disputar a Série C do Catarinense”, avaliou o diretor.

Além das categorias de base, feminino e profissional, a atuação da Associação Atlética Orleans abrange também as escolinhas no distrito de Pindotiba e nas comunidades de Barracão, Rio Laranjeiras e Oratório, com mais de 100 alunos. Ao total, será necessário o investimento de R$ 260 mil para manter integralmente o projeto. Para isso, diversas formas de captação de recurso foram planejadas.

O mais recente foi o Torcedor das Colinas. Por meio dele, com apenas R$ 20 ao mês, a pessoa torna-se sócia e apoia o clube da cidade, através de um cartão de benefícios. Entre as vantagens, estão ingressos, prêmios e descontos com as empresas apoiadoras do clube. A A.A. Orleans também recebe contribuições através da fatura de energia elétrica da Coorsel e conta com o apoio de patrocinadores. Os interessados em ajudar e conferir mais detalhes do projeto podem acessar o link www.aaorleans.com.br.

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