Clovis William dos Santos, de 44 anos, foi asfixiado e espancado. Dois adolescentes foram apreendidos e confessaram participação no crime.
Um soldado de 20 anos do Exército foi preso suspeito de ter participado do assassinato do DJ e apresentador Clovis William dos Santos, de 44 anos, conhecido como Mukirana. O crime foi em Laguna, no Sul, em 7 de janeiro. O militar teve mandado de prisão preventiva cumprido no sábado (12). Conforme as investigações, ele asfixiou o jornalista enquanto dois adolescentes, que já foram apreendidos, davam golpes no rosto dele. O corpo foi encontrado na Praia do Gi. A causa da morte foi traumatismo craniano.
O inquérito foi concluído nesta segunda-feira (14) e encaminhado ao Poder Judiciário. O soldado foi indiciado por homicídio qualificado (motivo torpe e com pouca chance de defesa da vítima), tentativa de ocultação de cadáver, furto qualificado e corrupção de menores.
Conforme o delegado Bruno Fernandes, responsável pelo caso, o militar foi interrogado e confessou o assassinato. Ele também confirmou que faltou ao serviço militar na data do assassinato, uma segunda-feira, para tentar ocultar o veículo de Mukirana.
O crime
As investigações apontam que o DJ e outros três casais saíram de Tubarão com destino a Laguna, no carro da vítima, entre 22h e 22h30 de 6 de janeiro. O apresentador teria empenhado o veículo em troca de drogas.
Já em Laguna, Mukirana e os demais passaram a se desentender depois do uso de entorpecentes. “Os adolescentes falaram que foram xingados por ele. Já o militar negou ter consumido droga e falou que o jornalista começou a mexer com as namoradas deles”, disse Fernandes.
Depois, já com a intenção de matar a vítima, o grupo foi à Praia do Gi sob o pretexto de usar drogas. Então, o soldado, sentado no banco de trás, teria asfixiado a vítima com uma camiseta, enquanto os dois menores de idade deram socos e chutes em seu rosto.
Na sequência, já sem vida, Mukirana teve mãos e pés amarrados com fios e cabo de TV e foi colocado no porta-malas do carro. A ideia inicial dos três envolvidos era levar o corpo para outra praia, mas depois mudaram de ideia e resolveram jogá-lo no mar. Em seguida, roubaram o veículo da vítima e fugiram em direção a Tubarão, também Sul do estado.
Soldado
O militar suspeito teria ficado responsável por esconder o veículo, por isso faltou ao trabalho no Exército no dia 7. Porém, a polícia localizou o carro naquele mesmo dia, no Morro da Antena, em Tubarão.
O suspeito é lotado há dois anos no 63º Batalhão de Infantaria e, por causa da falta, foi punido com medida disciplinar. Ele ficou no quartel nos dias 10 e 11. Em contato com os militares daquela unidade, a polícia foi informada de que o suspeito seria liberado por volta das 8h30 de sábado. O pedido de prisão foi feito à Justiça ainda na sexta, sendo o mandado expedido na mesma data.
Prisões
O suspeito está preso no batalhão. Os demais estão apreendidos no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Tubarão.
Com informações do site G1/SC