Clovis William dos Santos, o Mukirana, de 44 anos, foi morto na madrugada da última segunda-feira (7).
A Divisão de Investigação Criminal de Laguna detalhou hoje pela manhã como o jornalista Clovis William dos Santos, o Mukirana, de 44 anos, foi morto na madrugada da última segunda-feira (7). Dois adolescentes, de 17 anos, estão apreendidos após terem confirmado a autoria do homicídio.
Segundo o delegado Bruno Fernandes, responsável pelo caso, uma operação na tarde de ontem, no bairro Recife em Tubarão, resultou na apreensão dos dois adolescentes que, segundo a polícia, já tem histórico em crimes de tráfico de drogas.
Em depoimento, eles comentaram que teriam matado Mukirana após o jornalista agir de forma violenta com os adolescentes.
“Câmeras de segurança flagraram o começo da noite do grupo, ainda em Tubarão. Eles passaram em um posto de combustível para abastecer o carro do Mukirana. O jornalista estava acompanhado de dois casais de adolescentes. Pra nós, esses adolescentes contaram que Mukirana tinha o hábito de empenhar, emprestar o carro, trocando esse favor por drogas. E foi o que teria acontecido. Os cinco foram até Laguna, deixaram o jornalista em frente a uma lanchonete, enquanto os casais usaram o carro. Depois, voltaram para buscar Mukirana. Nesse momento, os adolescentes dizem que, por conta do consumo de drogas, o jornalista estava bastante alterado e quase bateu carro”, contou o delegado em coletiva de impressa.
Ainda na coletiva, o delegado comentou que, por conta do comportamento de Mukirana, os dois adolescentes pensaram em matar o jornalista. “Depois, os jovens comentaram que queriam ir até a Praia do Gi para consumir mais drogas. E foi lá que eles agrediram Mukirana com chutes e socos na região da cabeça. Vendo que o jornalista estava morto, eles pegaram cabos de televisão, que já estavam no carro, amarram os braços e as pernas dele e tentaram jogar o corpo no mar”.
Após o crime, o grupo teria voltado até Tubarão, onde deixou o carro de Mukirana no Morro da Antena. Os dois adolescentes estão apreendidos no complexo de delegacias da polícia de Laguna. Já foi pedida a internação provisória deles ao Poder Judiciário e ao Ministério Público. De acordo com o delegado, eles devem responder pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, tentativa de ocultação de cadáver e furto qualificado. As duas adolescentes que também estavam no carro com o grupo na noite do crime foram ouvidas como testemunhas e liberadas já que não teriam tido participação direta no homicídio.
Com informações do Jornal Diário do Sul