O índice catarinense é maior do que o nacional. Na região, hoje, existem 720 pessoas com HIV.
A mortalidade em decorrência da aids assusta em Santa Catarina. A média do estado é superior ao indicador nacional. No ano passado, no país, cerca de 6,3% da população que vivia com HIV morreu. No estado, o índice foi de 8,6%.
Conforme a coordenadora do programa DST/Aids, da 20ª gerência regional de saúde em Tubarão, Kalinka Mattos Gomes, após a introdução dos coquetéis como tratamento para a doença, a sobrevida das pessoas aumentou. “Os que morrem em decorrência da aids, são, na maioria, os que se recusam a fazer o tratamento”, lamenta Kalinka.
Entre 1996 ao ano passado, Tubarão registrou um total de 146 mortes em virtude da doença. Somente em 2011, foram dez falecimentos. Atualmente, na região, existem 720 pessoas portadoras do HIV. “A epidemia começou a se interiorizar e, hoje, atinge cada vez mais as mulheres”, relata Kalinka.
E esta afirmação é corroborada com os números da evolução da doença na região. De 1984 a fevereiro deste ano, a pequena Santa Rosa de Lima registrou dois casos de HIV, mesmo número de Rio Fortuna.
Em Pedras Grandes, três casos foram confirmados no mesmo período. “São todas cidades onde não existiam portadores da doença até bem pouco tempo atrás”, reafirma Kalinka.
O número de casos também é crescente na população da terceira idade. De 1996 até fevereiro deste ano, 70 casos foram registrados em pessoas com idade entre 50 a 59 anos. Já a partir dos 60 anos, neste mesmo período, 16 casos foram confirmados.
Sintomas
Os principais sintomas da aids são fadiga crônica, perda de peso e apetite sem causa aparente, infecções, herpes por mais de quatro semanas e febre. As formas de contágio são relações sexuais sem o uso do preservativo e a divisão de seringas, agulhas, alicates ou qualquer outro objeto cortante.
É possível viver com o vírus
Há diferença entre a pessoa portadora do HIV e com aids. Muita gente possui o vírus, mas não apresenta os sintomas. Neste caso, este indivíduo é portador de HIV. A partir do momento que os sintomas manifestam-se, a pessoa passa a ter aids. Mas com o tratamento adequado, é possível viver normalmente e por muitos anos.
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