Para a obtenção de altas taxas de cura são necessários também, cuidado médico, diagnóstico correto, referência a um centro de tratamento e acesso a toda terapia prescrita.
O dia 23 de novembro foi instituído em 2008, como sendo a data oficial para conscientização ao câncer infanto-juvenil – (lei nº 11.650, de 4 de abril de 2008). A data foi imposta para que entidades, instituições ligadas à saúde, realizem ações, debates, eventos entre outras atividades; trazendo informações sobre crianças com câncer e também para divulgar avanços técnicos e científicos sobre o problema.
Dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA, indicam que até 2019, 12 mil novos casos de câncer infanto-juvenil serão registrados no Brasil. O estudo aponta ainda que a doença é a maior causa de morte em crianças e adolescentes nos países desenvolvidos, apesar de nos últimos anos, muitos avanços já foram alcançados quanto ao tratamento do câncer, mostrando que mais de 70% das crianças em tratamento podem ser curadas quando diagnosticado precocemente e recebendo tratamento adequado. O diagnóstico feito em fases iniciais, permite um tratamento menos agressivo quando a carga de doença é menor, com maiores possibilidades de cura e menores sequelas da doença ou do tratamento. Para a obtenção de altas taxas de cura são necessários também, cuidado médico, diagnóstico correto, referência a um centro de tratamento e acesso a toda terapia prescrita.
“No câncer infantil, é difícil falarmos em prevenção; por isso fala-se tanto na importância do diagnóstico precoce. Devemos estar atentos aos sinais e sintomas e sempre que houver uma suspeita, procurar um médico, ou pediatra ou mesmo o médico da rede básica de saúde para se realizarem exames e encaminhar rapidamente ao oncologista infantil e iniciarmos rapidamente o tratamento. Assim poderemos ter melhores respostas ao tratamento e alcançarmos a cura que é o que mais se deseja”, aponta a médica oncologista pediátrica e chefe do serviço de oncologia infantil do HSJosé Dra. Aldalisa Reinke (CRM-13102/RQE-9825).
Atendimento Referenciado no HSJosé
Atendendo crianças e adolescentes desde 2009 o Hospital São José atualmente é uma Instituição referência para o tratamento de câncer infanto-juvenil. “A referência abrange toda macrorregião sul com cerca de 1.000.000 de habitantes, onde se estimam aparecimento de cerca de 150 casos novos por ano. Ao sermos referência, permite um melhora acolhimento da família e da criança, por ser perto de seu domicílio. Auxilia o acompanhamento e a prevenção de complicações do tratamento, bem como contribui para o diagnóstico mais precoce, pois o acesso é amplo aos pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS e de convênios, com menos espera e dependência de burocracia. O Hospital São José participa por ser hospital escola, da disseminação do conhecimento, multiplicando junto a sociedade, as ações de prevenção e diagnóstico precoce destes pacientes”, explica o cirurgião pediátrico da equipe no serviço de oncologia pediátrica Dr. Christian de Escobar Prado (CRM-12407/RQE-16874).
Diferença entre Câncer adulto e infantil
De acordo com estudos, nos adultos, as células mais atingidas são as epiteliais. O tecido epitelial, desempenha várias funções no organismo, como proteção (pele) e absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele). Nos adultos, as mutações das células, geralmente apresentam mudanças devido a fatores do meio ambiente. Já o câncer infantil e em adolescentes, geralmente afeta o sistema sanguíneo, o sistema nervoso e os tecidos de sustentação; porém, não há ainda um estudo do motivo pelo qual os fatores influenciadores diferem nos adultos e nas crianças.
Especialistas afirmam que o ideal e o mais importante, é sempre que perceber alterações, procurar o médico para fazer uma investigação com mais precisão. O tratamento pode ter uma eficácia muito maior quando o diagnóstico acontece precocemente.
Pesquisa no Brasil
O INCA também divulgou recentemente dados de um Estudo, que aponta a sobrevida estimada no país por câncer na faixa etária de zero a 19 anos, sendo de 64%. O estudo apontou que a sobrevida varia de acordo com a região do País. Os índices são mais elevados nas regiões Sul (75%) e Sudeste (70%) do que no Centro-Oeste (65%), Nordeste (60%) e Norte (50%).
De acordo com a pesquisa, os números são calculados com informações quanto ao índice de mortalidade.
Sinais de alerta
* Mancha branca nos olhos, perda recente de visão, estrabismo, protrusão do globo ocular;
* Aumento de volume (massa): abdome e pelve, cabeça e pescoço, membros, testículos e glândulas;
* Sinais/sintomas sem explicação: febre prolongada, perda de peso, palidez, fadiga, manchas roxas pelo corpo e sangramentos;
* Dores: ossos, articulações, nas costas e fraturas, sem trauma proporcional;
* Sinais neurológicos: alteração da marcha, desequilíbrio, alteração da fala, perda de habilidades desenvolvidas, dor de cabeça por mais de uma semana com ou sem vômitos, aumento do perímetro cefálico.
Colaboração: Comunicação Imprensa HSJosé