Uma das acusações é que um professor e outra aluna do colégio passaram tinta e cola no cabelo da criança.
Uma mãe está denunciando episódios de bullying sofridos por sua filha, uma menina de dez anos, na escola Hercílio Luz, em Tubarão. Uma das acusações é que um professor e outra aluna do colégio passaram tinta e cola no cabelo da criança. A mãe também afirma que a filha sofre bullying do professor por conta de sua aparência. A direção da escola nega as acusações.
Pelas redes sociais, a mãe, Simone Bilbao Brasil, divulgou uma foto da filha com o cabelo sujo de cola, juntamente com um texto em que diz que a situação foi causada por uma aluna e por um professor durante uma atividade na tarde de quinta-feira.
“Minha filha é uma menina alegre, carismática, e agora não está querendo ir para a escola, com vergonha e com medo de que possam fazer alguma coisa novamente”, escreveu Simone.
A mulher também registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e Idoso de Tubarão. Simone contou que a filha teria feito uma brincadeira com o professor e dito que iria pintá-lo. O profissional e outra aluna, então, teriam colocado tinta na criança. Depois, o professor teria entregue um pote de cola para que a aluna passasse no cabelo da menina.
Simone Bilbao Brasil registrou ainda que a filha sofre bullying deste mesmo professor, que, de acordo com a mãe, costuma dizer que a menina não pode dançar “porque não há roupa que caiba nela”.
Por telefone, Simone conversou com a reportagem do DS e acrescentou que a filha tem sofrido bullying o ano inteiro por conta de seu peso, e que a situação já foi levada à escola. Ela também afirmou que pretende tirar a criança do colégio.
Delegada vai apurar os fatos
Responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Mulher e Idoso de Tubarão, a delegada Jucinês Dilcinéia Ferreira confirmou o registro do boletim de ocorrência. Ela afirmou que irá chamar a mãe na delegacia para ouvi-la e entender melhor a situação. “Só depois disso vou saber como me posicionar”, afirmou.
Diretor diz que monitor tentou evitar situação
O diretor da Escola de Educação Básica Hercílio Luz, Frederico Bresciani, esclarece que o caso não envolveu um professor da escola, mas, sim, um monitor do Mais Educação, programa do governo que oferece atividades de arte e esporte aos alunos no contraturno escolar.
De acordo com Frederico Bresciani, o monitor relatou que fazia uma atividade usando tintas quando os alunos começaram a se sujar uns aos outros, mas que ele não participou da situação, ao contrário, tentou controlá-la.
“O que houve foi uma ‘guerra de tinta’ que acabou saindo do controle. Faremos uma reunião com monitores, professores e responsáveis pelos alunos na segunda-feira para falar sobre o assunto”, afirmou o diretor.
A respeito da denúncia de bullying por conta da aparência da menina, Frederico também defendeu o monitor. “Ele é professor de dança e atua conosco há mais ou menos três anos. Nunca houve nenhum problema, e ele sempre fez um belo trabalho. É um profissional de confiança, e não acredito que ele falaria uma coisa dessas para uma aluna”, defendeu.
Com informações do Diário do Sul