O DNIT mantém equipe para recolhimento de unidades danificadas de pneus deixados pela rodovia federal, evitando acidentes.
Depois da troca de pneu danificado, os usuários da BR-101 Sul catarinense devem dar o destino correto para carcaça. O abandono sobre as pistas duplicadas oferece risco de acidentes, principalmente aos motociclistas, e se torna potencial criadouro de transmissores de doenças, como mosquitos da dengue. O descarte correto evita acidentes e mantem o meio ambiente equilibrado.
Pelo processo de recapagem, pneus são recondicionados e postos para rodar, porém, muitos deles não suportam a fadiga sofrida e acabam sendo deixados sobre a rodovia federal. Um dos problemas gerados por esse abandono refere-se à multiplicação de mosquitos causadores da dengue na água depositada pela chuva. No inverno, a criação desse vetor é menor, porém, o descarte de pneus usados continua.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) realiza periodicamente a coleta e reciclagem do lixo recolhido em taludes e no canteiro central da BR-101 Sul. A coleta vai evitar que materiais descartados por motoristas que trafegam pela rodovia acabem nos sistemas de drenagem, causando assoreamento das galerias ou se tornem criatórios de mosquitos e ratos. A autarquia mantém equipe para recolhimento de unidades danificadas de pneus deixados pela rodovia federal, evitando acidentes.
O resto de pneus recolhidos é depositado em local definido. Plásticos, garrafas PET, vidro, papel e papelão também são recolhidos e enviados à reciclagem.
Segurança na pista
Os pneus deixados em bordos e canteiro central da BR-101 Sul oferecem riscos de acidentes aos usuários. Restos desse material são barreiras perigosas para os motociclistas. Ao obstruir bueiros e valetas, a água que transborda para a pista forma uma película sobre a rodovia. Os veículos estão sujeitos a deslizar e perder a aderência (aquaplanagem) com a pista e causando um sério acidente.
Os pneus abandonados nos acostamentos da BR-101 Sul vão se tornando passivos ambientais na medida em que cresce o número de unidades abandonadas. Na natureza, um pneu não tem tempo determinado para se decompor. No pais, cerca de 17,5 milhões de pneus são produzidos por ano e cerca de 450 mil toneladas são descartadas.
Uma das alternativas mais usadas para o reaproveitamento dos pneus descartados é a recauchutagem. Neste processo, os pneus gastos recebem uma nova camada de borracha, tendo uma vida útil igual ao novo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de recauchutagens. Recauchutar não é reciclar. A reciclagem dos pneus é muito complicada, já que grande parte deles são modelos radiais, que possuem no interior uma estrutura metálica, feita de aço, que dificulta a separação da borracha e demanda um custo maior na trituração. Depois de triturada, a borracha recebe um banho químico, moído e, por fim, usado para diversos fins.
Colaboração: Muriel Albônico – Assessor de Comunicação do DNIT SC