Geral

Juiz ratifica autorização para observação de baleias francas com embarcações

Permissão vale para o turismo de observação de baleias francas com uso de embarcações dentro da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APABF), em Garopaba, Imbituba e Laguna.

Foto: Charles Guerra

O juiz Daniel Raupp, da 1ª Vara Federal de Laguna, confirmou em sentença a permissão para o turismo de observação de baleias francas com uso de embarcações dentro da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APABF), em Garopaba, Imbituba e Laguna.

Segundo publicação da jornalista Lariane Cagnini do NSC Total, o Judiciário entende que a atividade não causa impacto à vida dos cetáceos, desde que seja respeitado plano apresentado pelo ICMBio, que inclui normas e diretrizes para monitoramento, fiscalização e controle do turismo de observação.

A autorização já havia sido dada em uma decisão liminar de 2016, mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Mesmo com a liberação, a atividade não voltou a ser praticada ainda.

Desde 2012, o Instituto Sea Shepherd Brasil atua judicialmente para obrigar o ICMBio a adotar as medidas para proteção das baleias, inclusive mediante fiscalização das empresas que praticam a observação com uso de embarcações. A ação foi motivada por denúncias recebidas de abusos na atividade, como se aproximando demais das baleias e até incentivando o contato físico com os cetáceos.

A Justiça Federal reconheceu que não havia qualquer estudo sobre o impacto ambiental da observação de baleias-francas e, em 2013, determinou a suspensão da atividade até que houvesse um estudo e licenciamento ambiental para o turismo de observação de baleias.

Plano apresentado

No plano apresentado pela APABF e pelo ICMBio, estão previstas a inspeção das atividades nas embarcações durante as saídas, a realização com o mínimo impacto ao ambiente e às baleias, diálogo com o Conselho Gestor da APABF, pesquisadores, gestores públicos, centros de pesquisa, universidades e operadores de turismo embarcado. Também há proibições, como a de se aproximar de qualquer baleia com motor ligado a menos de 120 metros de distância.

O Instituto Sea Shepherd Brasil chegou a contestar o plano e a capacidade financeira do ICMBio para cumpri-lo. Para o instituto, as medidas apresentadas são “inócuas” para a finalidade de impedir o molestamento das baleias e garantir a segurança dos turistas, mas tanto o Ministério Público Federal (MPF) quanto o Judiciário entenderam que o documento apresentado cumpre com a obrigação imposta na sentença.

Notícias Relacionadas

Justiça confirma resultado de licitação que gerou economia de R$ 12 milhões pela Saúde do Estado

A licitação foi realizada pela Secretaria da Saúde para fornecimento de ventilação domiciliar e tratamento de oxigenoterapia a pacientes catarinenses.

Justiça nega liminar e mantém decreto que fecha supermercados aos domingos em Içara

Em sua análise , o magistrado aponta que o artigo impugnado é válido, não há violação a regras de competência e não há violação ao preceito legal que prevê a manutenção das atividades essenciais.

Em audiência pública, municípios do Sul decidem ir à Justiça para reverter questão dos pedágios na BR-101

As três associações de municípios que serão impactados pela implantação das praças de pedágios no trecho Sul da BR-101 se reuniram na Arena Multiuso Prefeito Estêner Soratto da Silva, em Tubarão

Justiça retira sigilo do processo ajuizado pelo Estado que resultou no bloqueio de R$ 11 milhões no caso dos respiradores

A decisão liminar foi concedida pela Justiça no dia 4 de maio, mas, após uma articulação entre a PGE e a Polícia Civil, além da retenção dos kits de testes, houve o bloqueio em conta dos R$ 11 milhões.