Estudante diz que o médico tentou beijá-la a força, durante consulta
A Prefeitura de Florianópolis decidiu nesta segunda-feira (27) afastar um médico da Unidade de Pronto Atendimento – UPA Sul da Ilha, no bairro Rio Tavares, depois de receber uma denúncia de assédio sexual. De acordo com a advogada Mayara Cavassini Giacomini, o profissional teria tentado beijá-la a força, durante uma consulta.
O caso teria acontecido no dia 13 de agosto. No dia 21, a advogada decidiu divulgar a história nas redes sociais. Mayara buscava outros relatos de pacientes que pudessem ter sofrido o mesmo assédio do médico.
No post em que divulgou o caso, a advogada diz que o médico teria a impedido de sair da sala em que acontecia a consulta.
“Quando estava saindo, ele se sentou na maca e começou a me falar que eu era a última paciente, que ele estava de carro, que poderia me dar uma carona. Depois, ele tentou me beijar. Eu virei o rosto, mas ele insistiu” contou a jovem.
Segundo Mayara, durante toda a consulta, o médico teria feito várias perguntas sobre a vida pessoal dela, que lhe pareceram fazer pouco sentido, devido aos sintomas de alergia que ela apresentava.
Ela afirmou que esta foi a segunda vez que passou por uma situação semelhante, em um consultório médico, mas que teve medo de levar o caso às autoridades na primeira vez.
“Não ia conseguir viver por não denunciar de novo” afirma Mayara, que precisou buscar apoio psicológico, jurídico e familiar, para conseguir coragem em fazer a denúncia. “Ele não é um algoz da sociedade. Ele é só mais um, entre tantos” acredita a advogada.
Ela espera ver o médico punido, no mínimo, com a perda do registro profissional. Mayara também denunciou o caso à Polícia Civil, no dia 20 deste mês.
Conforme o delegado Flávio Lima e Silva Júnior, da 6ª Delegacia de Polícia da capital, a advogada será ouvida na terça-feira (28). Além disso, os investigadores foram orientados a buscar outras possíveis vítimas do médico, para ajudar na apuração do caso. Ainda não há data para que o médico preste depoimento.
Segundo a Prefeitura, esta foi a primeira denúncia recebida contra o médico, que era funcionário temporário. Uma sindicância foi aberta para apurar o caso. Ele seguirá afastado das funções até que a investigação interna seja concluída.
Conforme informações do Portal AHora