Conforme o professor disse à polícia, a agressão começou porque o estudante não aceitou ser cobrado pelo uso do uniforme, que é obrigatório na unidade de ensino.
Um professor de matemática de uma escola municipal de Curitibanos, na região serrana de SC, diz ter sido agredido por um aluno de 13 anos dentro da sala de aula. Jhonny Tessari, 29 anos, relata que teria recebido socos no rosto e chutes nas pernas no início da aula de segunda-feira. Conforme o professor disse à polícia, a agressão começou porque o estudante não aceitou ser cobrado pelo uso do uniforme, que é obrigatório na unidade de ensino.
“Não foi um caso esporádico, ele continuamente vem sem uniforme. Simplesmente pedi para ele colocar a jaqueta que faz parte do uniforme, ele disse que não ia, que eu não era o pai dele. Nesse momento então eu me levantei e pedi para ele se retirar da sala para resolvermos isso na secretaria, como acontece de praxe nesse tipo de situação. Ele já saiu com os punhos fechados, bastante nervoso, e partiu para agressão. Me deu um soco na mão e começou os chutes, consegui tirar ele para fora no corredor, aonde ele acabou me agredindo mais e me acertando os socos” conta Jhonny.
Um boletim de ocorrência foi registrado na segunda. Na manhã desta terça-feira, o professor fez o exame de corpo de delito.
O adolescente estudava há dois meses na escola. Segundo a direção da unidade, ele já tinha um histórico de mau comportamento, incluindo xingamentos a outros professores, mas essa teria sido a primeira vez em que houve agressão. O garoto esteve com a mãe no Conselho Tutelar de Curitibanos, que também acompanha o caso.
“Nós fizemos o encaminhamento depois de adverti-los e orientá-los. O encaminhamento é para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), para ter no primeiro momento um atendimento com psicólogo e assistente social” explica o conselheiro Delso Fogaça.
O aluno está suspenso da escola até a próxima semana, enquanto a direção apura o que aconteceu. Segundo a delegada regional Roxane Fávero Pereira, todas as testemunhas já foram ouvidas e falta apenas o laudo da pericia feita no professor para que o caso seja encaminhando ao Ministério Público. Uma audiência está marcada para o fim de setembro no fórum da cidade para definir como o estudante deve responder pelo ato infracional.