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Vendas a prazo no Dia dos Pais se mantêm estável, aponta pesquisa

Resultados refletem a lenta recuperação da economia, que impactam as vendas. Com alto índice de desemprego e orçamento apertado, brasileiros tendem a limitar os gastos

Foto: Divulgação

As vendas a prazo no Dia dos Pais se mantiveram estável, com variação de -0,10% na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que apontam os dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O resultado do indicador reflete a lenta recuperação da economia, que ainda pesa sobre o desempenho das vendas nos setores de comércio e serviços.

Nos últimos anos, as variações registradas foram: +8,88% (2017), -9,76% (2016), -7,17% (2015), +5,01% (2014), -5,69% (2013), +18,00% (2012) e -8,14% (2011).

Segundo o presidente da CNDL, José César da Costa, o comércio teve praticamente o mesmo ritmo de vendas do ano passado, mostrando quanto o brasileiro possui o hábito de presentear. “Os consumidores continuam preocupados em não comprometer o orçamento com compras parceladas, principalmente diante de um quadro de dificuldades, com o achatamento da renda e alto índice de desemprego”, explica.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, a confiança do consumidor em relação à economia não evolui já que muitos brasileiros continuam sem perspectiva de emprego, outros voltaram ao mercado do trabalho com salários mais baixos e o índice de inadimplência é alto, levando à restrição do crédito. Todos esses fatores exercem forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar seus gastos para salvar as finanças.

O Dia dos Pais é a primeira data comemorativa do segundo semestre e, embora não movimente cifras tão volumosas como no Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados, funciona como um termômetro para as próximas datas, como Dias das Crianças e o próprio Natal. De acordo com pesquisa de intenção de compras feita pelo SPC Brasil, os produtos mais procurados neste período seriam as roupas, perfumes e cosméticos, calçados e acessórios masculinos, como cintos, carteiras, relógios e meias.

Colaboração: Comunicação SPC/CNDL

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