O governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, informou, na manhã desta sexta-feira (25), em entrevista à CBN Diário, que o Estado não pode baixar o índice do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços – ICMS do óleo diesel.
Na quinta-feira, o presidente da Petrobras havia dito que os estados também tinham responsabilidade pela greve dos caminhoneiros por causa do ICMS. Segundo Moreira, Santa Catarina possui um dos menores índices do imposto, que é de 12%, e afirma que não há margem para que o Estado abra mão desta receita.
“65% dos impostos do Brasil ficam em Brasília, não é certo que os estados e municípios paguem esta conta, que é do Governo Federal. Eles que precisam encontrar um caminho para a solução. Já fizemos essa parte, esperamos que o governo faça a dele”, disse o Moreira.
O governador também acredita que há interesses patronais e empresariais por trás da greve, que chega ao seu quinto dia nesta sexta-feira e afeta diversos setores de transporte coletivo, saúde, educação, agroindústria e alimentação. “Há algo no ar que não é apenas avião. Esta greve está diferente. Há indiscutivelmente interesse de empresas estimulando, inclusive pagando salário para que motoristas fiquem nas rodovias. Não são autônomos que estão parados. São empregados”, afirmou.
Moreira acrescentou que o serviço de inteligência do governo está identificando os líderes do movimento para chamá-los para conversar. “Há um movimento estranho. Ninguém negocia. Há dúvidas sobre tudo isso. Os serviços de inteligência estão investigando”.
Serviços de saúde e segurança
O governador defende que o Estado está fazendo a sua parte para garantir segurança e serviços básicos neste período. Ele relata que as forças de segurança foram colocadas à disposição para levar um comboio à Videira, no Meio-Oeste, na noite passada, mas foram dispensadas.
O Centro Integrado de Gerenciamento de Desastres está mobilizado para garantir serviços básicos, como buscar gás para hospitais e tratamento de água.
Com informações do site Diário Catarinense