Quatro pessoas, sendo uma mulher de 28 anos, e três homens de 32, 34 e 35 anos, foram presas pela Divisão de Investigação Criminal de Criciúma no fim da noite dessa quarta-feira (16), por conta de um sequestro iniciado na última segunda. O quarteto estava mantendo em cativeiro um homem de 50 anos e exigindo da família o valor de R$ 8 mil como fiança.
De acordo com o delegado Yuri Miqueluzzi, da Divisão de Repressão a Roubos da DIC Criciúma, a Polícia Civil foi acionada na tarde de quarta-feira e, em algumas horas, conseguiu solucionar a situação e encontrar a vítima e os sequestradores. “O filho nos procurou, dizendo que se pai estava desaparecido desde a segunda-feira. Na terça-feira, pessoas haviam feito contato, iniciando a negociação e pedindo o dinheiro. Depois disso, na quarta, fomos acionados”, completa.
Com base em um vídeo de um segundo, que mostrava a vítima amarrada nas mãos e nos pés, sentada em uma cadeira, a equipe de investigação conseguiu descobrir a localização do cativeiro, no quarto de um motel do Bairro Ceará, em Criciúma. “Neste local, encontramos e prendemos dois sequestradores e o quarto onde estava a vítima, com vários indícios do crime, como a cadeira e as cordas que o amarravam. Essa dupla detida nos deu várias informações de possíveis locais onde os demais poderiam estar e, diante disso, fizemos busca para encontrar o novo cativeiro, localizado no Renascer”, conta Miqueluzzi.
O delegado da Divisão de Repressão a Entorpecentes da DIC Criciúma, Eduardo Ferraz, ainda reforça que a vítima foi encontrada bastante lesionada, principalmente no rosto. “Ele conta que foi capturado na segunda-feira, em Araranguá, e que ficou desde então em posse dos sequestradores”, afirma.
Os detidos não assumiram a culpa pelo crime, mas apresentaram informações contraditórias em seus respectivos depoimentos. “A investigação ainda descobriu que os sequestradores agiram de forma premeditada, buscando pegar o indivíduo em específico. Ele afirmou, inclusive, já ter passado por uma situação parecida anteriormente, mas em sequestros mais rápidos e que exigiam menores valores”, alega Miqueluzzi.
Os sequestradores são conhecidos como traficantes locais e serão indiciados por extorsão mediante sequestro. Durante a ocorrência foram apreendidos um automóvel Ford Fiesta de cor branca, quatro celulares, munições e materiais utilizados para amarrar a vítima e para utilizar drogas.
Foi o segundo caso de sequestro registrado pela Divisão de Investigação Criminal de Criciúma em aproximadamente dez anos.
Com informações de Francine Ferreira / Clicatribuna