Esporte

Tigre empata em casa e decepciona torcedores

Criciúma ficou no 0 a 0 com o Juventude na estreia do técnico Mazola Júnior. Equipe afunda na zona de rebaixamento e soma apenas um ponto na competição.

Foto: Lucas Colombo

Não foi uma partida habitual no estádio Heriberto Hülse. As arquibancadas estavam mais quietas que o normal, isso devido ao protestos silencioso realizado pelas torcidas organizadas do Criciúma. Sem o som da banda e as musicas, a falta de ânimo tomou conta também do campo. Um 0 a 0 sem graça deu a tônica do confronto contra o Juventude, na noite desta terça-feira, no Majestoso. Foi um jogo com poucas chances de ambos os lados. Ao final, vaias e protestos nas arquibancadas e do lado de fora do Majestoso.

O Criciúma começou a partida tentando pressionar o Juventude, que saía apenas nos contra-ataques. Aos poucos, o time da Serra Gaúcha se estabilizou na partida e manteve mais a posse de bola. O Tigre priorizava a marcação e tentava surpreender o adversário. Mesmo jogando em casa, o Tricolor Carvoeiro tinha mais proteção defensiva e jogava mais atrás.

Em jogo fraco tecnicamente, as equipes pouco criavam. Aos 14 minutos, Marlon tocou a bola e Zé Carlos não dominou. A torcida carvoeira chiou e o centroavante pediu apoio das arquibancadas, como se estivesse sentindo falta de algum componente do jogo. O silêncio dos torcedores, sem as bandas das Organizadas, aumentava a percepção das conversas em campo e também os sons típicos da jogo como os estouros nas disputas de bola.

Com Alex Maranhão muito adiantado e Jean Mangabeira à frente, o Criciúma não tinha criatividade no meio campo, enquanto o time gaúcho tentava apenas os contra-ataques. A primeira chance de gol surgiu aos 20 minutos: Choco recebeu pela direita, cortou para o meio e chutou para grande defesa de Luiz, que se antecipou bem e pegou. Dois minutos depois, Zé Carlos tabelou com Alex Maranhão que, aberto pela esquerda, bateu para defesa de Matheus Cavichioli. A partida tinha pouca produção ofensiva e se apresentava truncada. Aos 23 minutos, Zé Carlos foi derrubado na intermediária pela esquerda. João Paulo bateu e a bola subiu. A pequena pressão do Tigre seguiu aos 26 minutos: Alex Maranhão bateu falta, ao lado da área, pela direita, e Matheus colocou para escanteio.

A partida seguia lenta e sem criação de grandes jogadas. O Tigre chegou novamente na bola parada. Aos 32 minutos, Alex Maranhão cobrou falta e a bola subiu. O Criciúma só ameaçava em jogadas de bola parada. O adversário também pouco ameaçava. O primeiro tempo finalizou com sucessivos erros de ambas as partes e, mais uma vez, Zé Carlos pedindo apoio e dialogando com a calada torcida.

Foto: Divulgação / Comunicação Criciúma Esporte Clube

História se repete na etapa final

Na etapa final, o Tigre voltou com mais empenho, mas não conseguia criar chances de gol. Aos sete minutos, Sueliton cruzou e Alex Maranhão pegou de primeira e finalizou para fora. Com Andrew no lugar de Maranhão, o Tricolor Carvoeiro tentou ser mais ofensivo e “incendiar” a partida. Aos 14 minutos, o jovem sofreu falta pela direita. Na cobrança, a zaga do time gaúcho afastou. No minuto seguinte, a zaga do Tigre falhou e, como no primeiro tempo, Luiz salvou o time nos pés de Choco.

Aos 21 minutos, em uma mistura de vaias e aplausos, saiu Zé Carlos e entrou Nicolas. O time do Criciúma ficou mais leve no ataque e passou a pressionar mais o Juventude, mas sem muito perigo e com poucas chances criadas. Aos 29 minutos, a maior chance do segundo tempo para o time gaúcho: Fred cobrou falta da direita e Diones desviou, mas a bola saiu, muito perto da trave.

Aos 35 minutos, após uma disputa de bola, o lateral esquerdo Marlon deu um pisão nas costas de Fellipe Mateus e levou cartão vermelho direto. O Criciúma ficou com um jogador a menos. Aos 38 minutos, Luiz Fernando bateu escanteio, a zaga afastou, Liel jogou para a área novamente e João Paulo finalizou pela linha de fundo. Aos 42 minutos, Neuton foi expulso e igualou novamente o número de jogadores em campo. No minuto seguinte, Fred foi expulso e deixou os gaúchos com nove jogadores. Nos acréscimos, Eduardo pegou um rebote e chutou forte, mas a bola saiu, caprichosamente, ao lado da trave. No final, o primeiro ponto somado, porém, decepção em mais um jogo sem vitória do Criciúma. Ao fim do jogo, gritos de “time sem vergonha” nas arquibancadas e sem palavras dos jogadores.

Campeonato Brasileiro – Série B – 6ª Rodada

15/05 (terça-feira) – 21h30min – estádio Heriberto Hülse, em Criciúma

CRICIÚMA

Luiz; Sueliton, Nino, Fábio Ferreira e Marlon; Jean Mangabeira (Luiz Fernando), Liel, Eduardo e Alex Maranhão (Andrew); João Paulo e Zé Carlos (Nícolas). Técnico: Mazola Júnior

JUVENTUDE

Matheus Cavichioli; César Martins, Rafael Bonfim, Fred e Neuton; Bruno e Jair; Tony (Fellipe Mateus), Choco (Maicon) e Diones; Yuri Mamute (Guilherme Queiroz). Técnico: Julinho Camargo

Arbitragem: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza; Auxiliares: Anderson José de Moraes Coelho e Bruno Salgado Rizo (Trio de SP)

GOL: Não Houve

Cartões Amarelos: Jean Mangabeira, Luiz Fernando e Sueliton (C); Choco, Neuton, Tony, Bruno, César Martins, Neuton e Jair (J)

Cartões Vermelhos: Marlon (C); Neuton e Fred (J)

Público: 2.188

Renda: R$ 42.890,00

Com informações do Portal DN Sul

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