População atendida por coleta e tratamento de esgoto começa a ter o serviço incluído nas faturas de maio, com vencimento no mês de junho.
A CASAN de Braço do Norte pede a colaboração dos moradores dos bairros que receberam rede de coleta de esgoto que façam a ligação de seus imóveis à rede. A conexão adequada é fundamental para a Estação de Tratamento – ETE operar eficientemente de forma a transformar o material contaminado em efluente capaz de retornar com segurança à natureza.
A estação foi inaugurada em novembro de 2017, quando entrou em pré-operação. “Agora chegou a hora de entrar de forma definitiva em operação”, explica o engenheiro Bruno Kossatz, gerente de Políticas Operacionais da Companhia. “O efluente tratado com índices superiores a 95% de eficiência pode retornar ao rio, preservando o manancial e propiciando qualidade de vida à região”.
Os moradores do Centro e dos bairros São Basílio, Coloninha, Congo e Santa Augusta, beneficiados com a rede de coleta, começam a ter a taxa de esgoto faturada a partir deste mês de maio e será, portanto, incluído nas faturas da CASAN com vencimento em junho.
O faturamento será efetuado, conforme publicado na Resolução número 100 da ARESC, que tratada de “Autorização da Cobrança de Tarifas de Esgoto pela CASAN no município de Braço do Norte”.
O faturamento terá de ser realizado mesmo em imóveis ainda não conectados De acordo com a Lei 11.445, a Lei do Saneamento, toda construção beneficiada com o serviço público de abastecimento de água e/ou esgoto sanitário deverá obrigatoriamente interligar-se à rede. Os serviços de coleta e tratamento de esgotos têm o mesmo valor do serviço de abastecimento de água.
Investimento em qualidade de vida
O Sistema de Esgotamento Sanitário de Braço do Norte foi implantado com investimento de R$ 23,5 milhões, financiado junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). As obras consolidam um importante avanço de infraestrutura, saúde e qualidade de vida para o município e beneficiam mais de 7.800 moradores da região central, com cobertura de 40% da população urbana do município.
A rede coletora de 35,9 quilômetros escoa o esgoto de 1.689 unidades/2.307 economias (exemplo: um prédio conta como uma unidade, porém cada apartamento ou sala conta como economia). Com o apoio de duas estações elevatórias, o efluente vai para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada no bairro São Januário. A unidade tem capacidade de tratar até 35 litros por segundo no sistema de tratamento biológico (com filtro percolador) e físico-químico (sistema de flotação), seguido por desinfecção com cloro e disposição final no Rio Braço do Norte.
Como fazer a ligação à rede
A CASAN tem orientado os moradores para que providenciem a conexão de sua residência ou estabelecimento comercial ao sistema público de esgotamento sanitário. O fluxo interno de esgoto deve ser direcionado para a Caixa de Inspeção (CI) que está colocada na frente do imóvel. A partir dessa ligação é recomendável desativar e enterrar fossa e sumidouro, para evitar formação e acúmulo de gases.
A Caixa de Inspeção é o ponto que marca até onde a CASAN tem responsabilidade sobre o sistema. Na parte interna, cabe ao morador providenciar as adaptações para que possa ser atendido com o sistema público de coleta e tratamento de esgoto.
A CASAN disponibiliza em seu site informações necessárias para que o usuário execute de maneira correta a sua ligação de esgoto. O material está disponível neste link.
Benefícios à saúde e valorização do imóvel
– Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% da mortalidade infantil até cinco anos é motivada por doenças que podem ser evitadas com uma adequada estrutura de saneamento.
– O tratamento em larga escala nas cidades também é fundamental para preservação dos mananciais, locais onde a água é coletada para permitir o abastecimento da população.
– Há ainda benefícios do ponto de vista econômico, com valorização dos imóveis, redução dos gastos com tratamento de doenças (estudos apontam que para cada R$ 1 investido em saneamento básico há uma redução de cerca de R$ 4 a R$ 5 nos gastos com medicina curativa) e estímulo a atividades de lazer e de turismo.
Colaboração: João Pedro Alves / Comunicação Casan