Ele precisará mudar o tratamento. O medicamento via oral custa R$ 32 mil/mensal. Campanha #liberaaquimio visa pressionar o governo a liberar a medicação.
O tubaronense José Carlos Mendes, de 49 anos, foi diagnosticado em 2016 com câncer metastático no pulmão. Como tratamento contra a doença, ele faz uso de quimioterapia oral. O remédio é fornecido pelo governo, mas agora ele precisa mudar o tratamento.
Antes, a quimioterapia oral usada por José Carlos tinha um custo de R$ 9 mil por mês, com 30 comprimidos. Agora, com a mudança, ele vai precisar do medicamento via oral que custa R$ 32 mil/mensal.
“Nos últimos seis meses, o medicamento anterior não tem mais controlado a doença, que tem avançado. Com isso, chegou ao ponto de precisar mudar a quimio para esta de R$ 32 mil por mês. Entramos com um processo para substituir a medicação, mas o governo está adiando”, conta Marcela Justino Braga Mendes, esposa de José Carlos.
Segundo ela, o objetivo da campanha #liberaaquimio não é, a princípio, para arrecadar recursos financeiros, mas sim para forçar o governo a liberar a medicação oral. “É um remédio novo no Brasil, de alto custo, e que tem grande chance de dar certo. Ele fez todos os testes e exames e é compatível com o medicamento. Queremos que as pessoas ajudem a divulgar a campanha nas redes socais, como forma de pressionar o Poder Público”, ressalta.
Para pressionar o Poder Público a liberar a quimioterapia via oral para José Carlos, basta começar a compartilhar #liberaaquimio, com a fotografia dele, nas redes sociais. A intenção é alcançar o maior número de pessoas.
Família não descarta arrecadação
A família não descarta a possibilidade de, em breve, precisar fazer uma campanha para a arrecadação de fundos para a compra do medicamento.
“Isso vai depender de o governo liberar ou não. Queremos ser o mais transparentes possível. Se demorar para liberarem, vamos fazer a campanha através da vaquinha virtual. A questão é que, se fizermos, precisaremos do medicamento por pelo menos três meses, pois ele não pode interromper o tratamento. Para isso, sairia em torno de R$ 100 mil”, conta a esposa Marcela.
José Carlos descobriu a doença em 2016 e, na época, a sobrevida era de apenas três meses. “Ele sofreu muito, passou por radioterapia no cérebro, na coluna, fez radiocirurgia no pulmão, entre outros, sofrendo com os efeitos colaterais. Graças à alternativa da quimio oral, multiplicou a sobrevida. Estamos aguardando e é injusto o governo tirar essa chance de ele poder viver mais. O direito ao medicamento é direito garantido por lei. Temos duas filhas e o que ele quer é vê-las crescer”, desabafa Marcela.
Com informações do Jornal Diário do Sul