O Pediasuit, uma espécie de gaiola com ganchos elásticos, vai auxiliar no tratamento de pessoas com deficiência motora e física.
Kennedy tem 5 anos e a falta de oxigenação no cérebro o deixou com sequelas físicas e motoras desde o nascimento. Aluno da Apae de Sangão, o menino tem atendimento com especialistas que o ajudam na evolução de movimentos.
Melhoras que serão ampliadas com o uso intensivo do pediasuit, protocolo de tratamento que utiliza uma espécie de gaiola com ganchos elásticos. O equipamento foi elaborado pelo curso de Engenharia Mecânica da Satc e doado para a entidade na última semana.
A Apae de Sangão já utilizava o equipamento em tratamentos e na inicialização de caminhadas, mas o pediasuit era revezado com outras duas entidades da região. “A gente podia usar durante três meses e depois era preciso levar para os municípios de Treze de Maio e Jaguaruna, o que atrapalhava o acompanhamento de muitos dos nossos alunos”, comentou a presidente da Apae, Eliana Fontana. Dos mais de 60 alunos na Apae de Sangão, ao menos 40 poderão fazer o protocolo.
O curso de Engenharia Mecânica “adotou” a ideia depois que a professora Hellen Zago levou o problema da entidade para a Satc. O equipamento foi desenvolvido dentro das metodologias ativas aplicadas pela faculdade. “Além do processo de ensino e aprendizagem, a atividade despertou o lado social de ajuda ao próximo nos acadêmicos. O trabalho foi baseado em problemas que levassem soluções para a sociedade”, destacou o professor Fábio Peruch.
Estimulação sensorial e motora
De acordo com a fonoaudióloga da Apae de Sangão, Ana Lúcia Carvalho, em um mês já é possível ver resultados com o protocolo. “O pediasuit é um recurso bem recente que estimula a motricidade, a linguagem, e traz benefícios incríveis aos pacientes. Para se ter uma ideia, tem criança que nunca ficou em pé e com o equipamento consegue se erguer, isso sem contar outros que conseguem até andar”, afirmou.
O pediasuit funciona junto a uma roupa ortopédica, joelheiras e calçados adaptados. As partes são interligadas por elásticos que estabilizam o aluno. A gaiola metálica auxilia os exercícios e ajuda o paciente a se manter de pé. O tratamento mensal chega a custar R$ 10 mil, mas na Apae não haverá custos para os alunos. “É uma forma de contrapartida social para a comunidade que estes futuros engenheiros estão dando”, lembrou o coordenador da Engenharia Mecânica da Satc, Luiz Carlos Cavaler.
Se envolveram no projeto os acadêmicos: Bruna Pacheco Peruch, Kevin Anderson, Marcos Paulo de Souza, Vitor Barbosa e Willian Bernardino, que também pintou o equipamento antes da entrega à Apae.
Roupa especial ainda é revezada
A entidade ainda reveza a roupa especial para o protocolo com outras duas Apaes. O custo do equipamento é alto e, por isso, há a necessidade de empréstimo por parte das associações da região.
A entidade espera a ajuda da comunidade, empresários e instituições para conseguir adquirir o kit de acessórios próprio para o tratamento dos mais de 40 alunos. Informações pelo telefone 48 36560585 ou 98829 0511.
Colaboração: Comunicação Satc
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