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Economia Criativa como novo mercado de trabalho

Área está entre as que mais crescem no Brasil, acima da média nacional

Foto: Divulgação

Ligada a negócios onde a criatividade é a principal matéria-prima, a Indústria Criativa surge como propulsora de ideias inovadoras. Motivada pelo crescimento das multinacionais, mobilidade de ativos financeiros e acesso instantâneo à informação, a ideia é buscar por valores ainda não alcançados.

Diante deste cenário de transformação, o capital humano e criativo tornou-se o principal ativo na produção de bens e serviços com diferencial competitivo. “O consumidor passa a ter como fator decisório a emoção, a estética e a experiência” explicou o professor e coordenador do Centro Sapiens, Luiz Salom?o Ribas Gomez.

A Economia Criativa é uma das áreas que mais crescem no mundo atualmente, por se tratar de uma “indústria limpa” tem obtido apoio dos mais diversos órgãos mundiais de fomento para desenvolver ideias e negócios.

“O país precisa se diferenciar pela criatividade. Nosso primeiro “unicórinio” (que significa que a startup é avaliada em 1 bilhão de dólares), a 99 táxi, é uma empresa baseada neste modelo. Os próximos unicórnios brasileiros também serão da área criativa”, apontou Gomez.

SC entre os estados que mais empregam

O Sistema de Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no seu relatório de 2017, afirma que a Economia Criativa é a que mais cresce no Brasil, muito acima da média nacional de outros segmentos. Em 2015 gerou um crescimento de 2,64%, enquanto a economia nacional teve uma queda de mais de 3%.

No mesmo ano, o número de profissionais criativos, formalmente empregados chegou a mais de 851 mil. “Os salários têm aumentado muito, mas o grande negócio é o empreendedorismo criativo. Tem trazido resultados espantosos para a economia brasileira e para os profissionais que se arriscam na vida empresarial”, contou Ribas Gomez.

Santa Catarina vem se destacando, ficando em terceiro lugar como estado que mais emprega profissionais criativos dentro do total de vagas no estado. A classe criativa tem salário médio 2,5 vezes maior que a média de empregos formais brasileiros. Enquanto a área criativa recebe em média R$ 6.270, a remuneração média dos empregados formais é de R$ 2.451. Os dados são da federação.

Preparação do profissional

Com o mercado em expansão, preparar o profissional da Indústria Criativa é uma necessidade atual. No entanto, segundo o coordenador do Centro Sapiens é preciso executar mais projetos, saindo do campo das ideias. “São pessoas dedicadas a desenvolver iniciativas, mas muitas vezes essas ideias não viram em resultados. Não falo apenas de financeiro, mas também de resultado econômico, social, ambiental e científico”, aponta o professor.

Segundo ele, isso se deve à falta de conhecimento sobre negócios. Estes novos profissionais começam a buscar formação superior e investir em cursos para aprimorar seu perfil empreendedor. O MBI da Satc, em parceria com o Centro Sapiens, é um exemplo disso, onde as ideias serão executadas a partir das habilidades e competências.

As grandes áreas da criatividade (Gráfico)

Segundo dados do mapeamento da Indústria Criativa do Sistema de Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de dezembro de 2016, existem 13 segmentos criativos de acordo com suas afinidades setoriais em quatro grandes áreas: consumo, mídias, cultura e tecnologia.

Espaços de cocriação em alta e consumidor como foco

O coworking (modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos de escritório, não necessariamente de pessoas da mesma empresa) nada mais é que uma rede de conexões para ajudar a melhorar a comunicação dos profissionais criativos.

A Cocriação é base da Economia Criativa. Misturar ideias, pensamentos, tecnologias, experiências e conhecimentos fazem do sistema uma forma contemporânea de empreender. “É como se cada pessoa fosse um neurônio e aqui dentro acontecessem as sinapses”, esclareceu o empresário e um dos proprietários da Plurall, Claiton Pacheco.

Para Jefferson Zappelini, parceiro de Claiton no projeto em Criciúma, muitos clientes chegam por meio de amigos que querem conhecer o espaço e acabam ficando. “Até hoje as pessoas entram aqui e perguntam se é uma agência de publicidade. Depois que explicamos o que é, gera interesse e passam a frequentar”, contou.

Segundo os empresários, os negócios no local acontecem, muitas vezes, “sem querer”, por conta da arquitetura do local, onde a máquina de café e a impressora são compartilhadas. “Muitas vezes a pessoa está indo tomar um café, passa por uma mesa, escuta a conversa de alguém que tem algum problema e percebe que tem a solução. Dali para frente as coisas fluem”.

A designer Denízia Mateus Satiro explica que o resultado do trabalho do designer tem muita relação com este modelo de trabalho e que o objetivo é entregar soluções ao consumidor. Para Denizía, o profissional ideal para área é aquele cheio de ideias e que tenha uma imaginação fértil. “Melhorar o desempenho de algumas ferramentas e ir mais a fundo nelas é um diferencial do designer”, pontuou.

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