No Dia Mundial da Água, comemorado nesta quinta-feira (22), o professor da Unisul Jonathan Alexsander Bork, doutor em Engenharia Química, diz que o Rio Tubarão pode sim ser totalmente despoluído. “E isto não é uma utopia. É realidade”, garante.
O rio que corta a cidade e é um dos maiores cartões postais, cujas águas azuis deram a Tubarão o título de Cidade Azul, hoje recebe rejeitos suínos do Vale do Braço do Norte e também os rejeitos do extrativismo mineral, além de muitas conexões irregulares de imóveis situados às suas margens, segundo Jonathan.
“Mas ele tem uma vantagem, que é a possibilidade de ter autodepuração, tanto pelo lado dos rejeitos suínos quanto do extrativismo mineral”, comenta. De acordo com o professor, o rio tem condições totais de ser despoluído, desde sua cabeceira até o complexo lagunar.
“Questões como o desassoreamento, investimentos para a transferência destas redes irregulares para uma estação de tratamento e ainda a parceria com órgãos internacionais, que possuem recursos para investimentos em outros países, são algumas das ações que podem ser feitas”, pontua.
Água que chega às torneiras é de qualidade
O professor doutor Jonathan Alexsander Bork ministrará uma palestra hoje, às 14h30, sobre “A água que nós bebemos: aspectos físicos, químicos e biológicos”, no Bloco D da Unisul.
De acordo com Jonathan, a água que chega até as torneiras dos tubaronenses tem todas as qualidades necessárias para o consumo. “Tanto que só bebo água da torneira”, garante.
Todo o trabalho realizado, desde a captação ao tratamento, com controle de qualidade, até a destinação final, que são os consumidores, está dentro dos padrões de qualidade. Mas o professor afirma que sempre aborda em seus assuntos a questão da sensibilidade do ecossistema do rio Tubarão, e o quanto é necessária a conscientização dos moradores.
“O rio hoje recebe uma alta carga de poluentes, que pode ser evitada com ações preventivas e de conscientização. Mesmo assim, o tratamento que a água recebe nas estações de tratamento dá a ela a qualidade comprovada para o consumo”, revela.
Com informações do Jornal Diário do Sul