Ele já rodou o Brasil inteiro como motorista de caminhão, táxi e do próprio carro. Hoje, Altamiro Carvalho se limita a cidades perto de casa, em Laguna. E nem é mais dirigindo, é pegando carona com amigos e utilizando o transporte coletivo.
Há cerca de dois anos ele teve que amputar uma perna por conta da diabetes, e um ano depois a outra perna. Atualmente, Altamiro visita amigos, familiares e faz as voltas que precisa em um cadeira de rodas elétrica.
O problema são a dificuldades de acesso que ele enfrenta. Os ônibus não estão preparados para receber cadeirantes e muitos motoristas e cobradores negam o transporte. E nem sempre os amigos podem ajudar quando ele precisa.
Foi quando Altamiro decidiu tirar sua carteira de motorista para portadores de necessidades especiais. E de novo mais um problema, a burocracia. Há um ano ele deu entrada na documentação e, até agora, nada.
Enquanto aguarda a liberação dos documentos, o homem continua tentando pegar ônibus e muitos motoristas ainda vão passar direto ou até mesmo parar e dizer que não tem mais lugar vago para ele como cadeirante. “Meu sonho é voltar a dirigir pra não precisar mais passar por esse transtorno que vivo hoje e quem sabe voltar a roda esse mundo de Deus”, diz o aposentado.
Com informações do Portal Notisul