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Quarta-feira terá Superlua, Lua Azul e Lua de Sangue

Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS

Quarta-feira, dia 31, será um dia especial para os que curtem astronomia, quando três eventos lunares irão ocorrer.  Haverá Superlua, Lua Azul e Lua de Sangue. Segundo o doutor em Física Marcelo Girardi Schappo, que é coordenador do projeto Astro&física do Instituto Federal de Santa Catarina, essa coincidência de eventos lunares não ocorre há mais de um século.

Mas antes que alguns se animem achando que irão ver uma lua gigante avermelhada ou azulada é importante esclarecer o que significa cada fenômeno. A Lua de Sangue, por exemplo, é o efeito avermelhado provocado pelo eclipse lunar, porém as melhores regiões para observação desse eclipse são a Ásia e América do Norte.

— É verdade que pode ser um pouco frustrante o fato do eclipse total não ser visível aqui em Santa Catarina, além da Lua não ficar azul e também não ser óbvio perceber, na noite de superlua, como ela está maior e mais brilhante. Mas esses eventos são um motivo interessante para reunir as pessoas, fazer uma observação do céu e tentar entender um pouquinho mais de astronomia da nossa casa no universo: o Sistema Solar — defende Schappo.

Entenda os fenômenos

Eclipse Lunar (Lua de sangue)

O eclipse lunar total ocorre quando a Lua passa pela região de sombra da Terra gerada pelo Sol. Quando isso acontece, fica com uma tonalidade avermelhada devido a efeitos da interação da Luz do Sol na atmosfera da Terra, antes de atingir a superfície da Lua. Graças a isso, essa ocorrência pode ser chamada de “Lua vermelha” ou “Lua de sangue”.

O ápice do eclipse será no dia 31 de janeiro por volta de 11h30min da manhã, horário de Brasília, porém não será visível no Brasil. As melhores regiões para observação desse eclipse são a Ásia e América do Norte.

Próximo evento: próximo eclipse Lunar visível aqui em SC será em julho deste ano.

Superlua

A órbita da Lua em torno da Terra não é uma circunferência, e sim uma elipse. Isso faz com que a distância Terra-Lua varie ao longo da órbita. Quando existe uma coincidência entre a Lua estar no ponto mais próximo da Terra (chamado de perigeu da órbita) e também estar na fase cheia, isso se chama “superlua”.

A distância média entre Terra e Lua é aproximadamente 380 mil quilômetros. Durante esta próxima superlua passa para 360 mil quilômetros. Para quem observa ainda é uma distância muito grande, mas, para a astronomia, é capaz de fazer com que a aparência da Lua fique com seu disco, aproximadamente, 27% maior e 14% mais brilhante do que ela estava 15 dias antes, ao passar pelo ponto de maior afastamento da Terra.

Próximo evento: a próxima superlua irá ocorrer em dezembro de 2018.

Lua Azul

O intervalo de tempo que separa duas ocorrências sucessivas de Luas Cheias, quando ela fica com seu disco completamente iluminado pelo Sol, é de 29 dias e algumas horas. Então em um mês é possível que, eventualmente, ocorram duas luas cheias. A segunda delas é chamada de “Lua Azul”.

Essa história de Lua Azul não significa que nosso satélite ficará azulado, mudará de cor ou coisa parecida. O nome vem de uma curiosidade histórica de uma época em que se davam nomes para as Luas Cheias de acordo com a época do ano. Para aqueles anos em que existiam 13 luas cheias, a terceira lua cheia da estação era chamada de “Lua Azul”.

Próximo evento: próxima Lua Azul será em  31 de março. Depois disso, só em 2020.

Fonte: Doutor em Física Marcelo Girardi Schappo

Professor Schappo explica a Superlua  em novembro de 2016:

Com informações do Diário Catarinense 

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