Dois filhos da suspeita também foram indiciados. Mulher de 18 anos teve a cabeça raspada e disse ter sido agredida psicológica e fisicamente por família.
Polícia encontra espingarda no sítio de família suspeita de torturar jovem em Joinville (Foto: Polícia Civil / Divulgação)
Uma mulher de 50 anos e dois filhos adultos dela foram indiciados por tortura e porte ilegal de arma. Eles são suspeitos de agredir de forma física e psicológica, inclusive com uma arma, uma jovem de 18 anos que acreditam ser amante do marido da suspeita.
O caso foi em Joinville, no Norte catarinense. Nesta sexta-feira (26), a Polícia Civil encontrou uma espingarda no sítio da família.
Suspeita
O caso ocorreu em novembro, conforme a delegada de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Joinville Geórgia Marrianny Gonçalves Bastos. “Essa menina teve a cabeça raspada. Ela tinha o cabelo grande, eles cortaram. Houve agressões psicológicas e físicas para que ela confessasse um relacionamento extraconjugal com o marido da agressora”, disse a delegada.
A jovem foi mantida em cárcere privado por cerca de cinco horas na casa da família, onde estavam a mulher e três filhos, um deles adolescente. “Pegaram o celular dela, se passaram por ela para marcar um encontro com o marido”, relatou a delegada. O homem compareceu ao local marcado e foi agredido pelos filhos, mas conseguiu fugir, segundo a delegada.
Ainda conforme Geórgia, a jovem disse que foi ameaçada após ser liberada pela família. “Disseram que, caso procurasse a polícia, iam matá-la”, disse a delegada. Os suspeitos prestaram depoimento ainda em novembro. “Eles negaram. Disseram que isso tudo é armação dela [jovem]”, afirmou a delegada.
Coldre foi encontrado em sítio de família suspeita de torturar jovem em Joinville (Foto: Polícia Civil / Divulgação)
Armas
Como a jovem disse que a família usou um revólver durante a tortura, a polícia cumpriu mandados para encontrar a arma. No sítio dos suspeitos no Paraná, foi achada uma espingarda e um coldre, assessório usado para guardar arma, em que caberia o revólver. Porém, este não foi encontrado.
O inquérito foi finalizado e encaminhado à Justiça ainda em novembro.
Com informações do site G1 SC