Na Rua Caetano Scremim, onde faz esquina com a Rua Manoel da Rosa Borges, galhos, pneus e arames interditam passagem.
Cansada de esperar por providências do poder público, a moradora do loteamento Santa Isabel, no bairro Linha Anta, Edineia Borges Siqueira, pegou madeira, galhos, pneus e até arame farpado para interditar a passagem de veículos entre as ruas Caetano Scremim e Manoel da Rosa Borges.
A medida, segundo Edineia, visa evitar que pessoas se machuquem ao atravessarem a esquina entre as duas vias, já que uma grande vala se abriu no local. Além disso, a cada passagem do ônibus pela estrada, o medo rondava tanto passageiros, que tinham a sensação de que o veículo iria tombar por causa dos buracos, quanto quem estava de fora.
“Notei que na minha casa há algumas rachaduras por causa do impacto dos ônibus. Fechei a estrada na última terça-feira. Moradores estavam quebrando os carros no local. Moro há mais de 20 anos aqui e a Prefeitura demora a passar com as máquinas”, lamenta.
Moradora mais recente, Renata Mendes conta que desde que se mudou para Linha Anta, há quase um ano, viu a Prefeitura arrumar a estrada apenas uma vez. “E na primeira chuva que deu, os buracos abriram de novo. Não há carro que aguente os buracos. Afrouxa tudo”, observa.
“Estamos pedindo socorro”, diz moradora
Residente do bairro há 15 anos, Rosenir Lima pede que as autoridades políticas olhem pela localidade. “Linha Anta está pedindo socorro. Não temos estrada decente para passar, não tem esgotamento e até a distribuição de água está precária. Apesar disso, a cobrança das taxas de água, esgoto e iluminação sempre vem. A patrola só passa nas ruas gerais. Nossa maior reivindicação é que os políticos venham a olhar por nós”, ressalta, sendo complementada pelo morador Jonatan de Souza: “Para onde vai o dinheiro dos impostos que pagamos?”, questiona.
Máquinas serão deslocadas, se não chover
De acordo com o chefe do Pátio de Máquinas da Prefeitura de Criciúma, Verceli Coral, está na programação para esta segunda-feira, 22, levar as máquinas para Linha Anta.
“Trabalhamos na Vila Selinger neste fim de semana e já deixamos as máquinas lá por que fica mais perto para levar para Linha Anta. Mas, vamos apenas se não chover. Estamos chegando nas localidades de Criciúma na medida do possível. Sabemos que os moradores têm razão de reclamar, pois pagam os seus impostos, entretanto, são diversos lugares para atender e cada um acha que o seu problema é maior que o do outro”, salienta Coral, dizendo que, enquanto o asfalto não chegar a estas comunidades, a população precisa ter paciência. “O prefeito já adquiriu a Usina de Asfalto e a hora que ele determinar estaremos chegando a estes locais com asfaltamento”, justifica.
Com informações do Portal DN Sul