Saúde

Vigilância Epidemiológica reforça cuidados para evitar intoxicação alimentar no verão

Os sintomas, em geral, são náuseas, fraqueza, dor abdominal e palidez. O maior risco é a desidratação decorrente da diarreia ou vômito.

Foto: James Tavares/Secom

Durante o verão é necessário ter cuidados redobrados com a alimentação. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estado de Saúde (Dive/SES) alerta para os casos de virose e intoxicação que tendem a crescer neste período, em função do aumento do consumo de alimentos e bebidas contaminados ou conservados de maneira inadequada e pelo contato com água imprópria para banho, aliado a um aumento na circulação de vírus, bactérias e parasitas que causam essas doenças.

“Os principais cuidados que se deve tomar é manter os alimentos sempre bem refrigerados e não consumir os de procedência duvidosa. Quando vamos para a praia precisamos estar atentos, principalmente para sacolés, raspadinhas e sucos, pois é difícil saber se a água utilizada era de boa procedência, por exemplo”, alerta enfermeira Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização Doenças Imunopreveníveis e DTHA da Dive/SES.

Nos últimos quatro anos, Santa Catarina registrou 242 surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) notificados, com 5.661 doentes e 818 hospitalizações. Dentre os surtos notificados, somente 32% (78/242) tiveram o agente etiológico identificado, sendo os mais frequentes a Salmonella spp (21 surtos), Staphylococcus aureus(20 surtos), E.coli enteropatogênica (11 surtos), Bacillus cereus (10 surtos) e Clostridium perfringens (9 surtos). Em geral, eles são transmitidos devido ao preparo e acondicionamento incorreto de alimentos, ao consumo de bebidas (água, sucos, gelo) de procedência duvidosa e à ausência de cuidados com a higiene pessoal (lavagem das mãos), que facilitam a transmissão de patógenos causadores da diarreia.

Atenção aos sinais e sintomas

Os sintomas de intoxicação alimentar, em geral, são náuseas, fraqueza, dor abdominal e palidez. O maior risco é a desidratação decorrente de uma possível diarreia ou vômito. Por isso, é importante ingerir líquidos, especialmente água filtrada. “Em algumas situações, é necessária a reposição hídrica por meio de soro, e, por isso, é muito importante procurar um médico”, ressalta Vanessa.

As viroses (rotavírus/norovírus) são altamente contagiosas, podendo sobreviver por até sete dias nas superfícies. São transmitidas diretamente – pessoa para pessoa – ou indiretamente, por meio de alimentos ou água contaminados pelo manuseio. Acometem adultos e crianças, sendo caracterizadas por náusea, vômito, diarreia, febre, dores epigástrica e abdominal com quadro clínico leve a moderado e duração, em geral, de um a cinco dias.

Como evitar os fatores de risco

– Não consumir alimentos que estejam fora do prazo de validade estabelecido pelo fabricante, mesmo que sua aparência seja normal;

– Mesmo dentro do prazo de validade, não consumir alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados;

– Não consumir alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas;

– Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após utilizar o sanitário e antes de se alimentar, preparar ou manipular alimentos;

– Quando levar alimentos para a praia, garanta que eles estão bem protegidos e com a conservação térmica adequada;

– Não tomar banho em praias impróprias ou em rios e córregos poluídos. Em época de chuva, o risco se agrava devido ao espalhamento de lixo e esgoto, aumentando as áreas com poluição;

– Embalar adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;

– Lavar os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;

– Evite comer carne crua e mal passada, qualquer que seja sua procedência;

– Somente beber leite fervido ou pasteurizado;

– Higienizar frutas, legumes e verduras com solução de hipoclorito a 2,5% (diluir uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos, lavando em água corrente em seguida, para retirar resíduos);

– Lavar superfícies que tenham sido contaminadas com vômito e fezes de pessoas doentes, usando água e sabão. E, logo após, desinfectar com água sanitária.

 

Colaboração: Secom SC

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