Construídas em lugares entre 900 e 1.400 metros de altura, as vinícolas da Serra e do Vale do Contestado de Santa Catarina impressionam pela beleza das paisagens e pela qualidade dos produtos oferecidos.
Com trabalho iniciado há pouco mais de 15 anos, o setor ainda é considerado novo no ramo, mesmo assim já provou que as uvas cultivadas em locais de altitude são ideais para fazer um bom vinho. Mais de 170 rótulos já foram premiados mundialmente em concursos renomados.
O principal desafio do setor agora, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho, é desenvolver estratégias para alavancar os negócios. E uma das que têm sido mais usadas é o enoturismo.
“Os vinhos de altitude têm características singulares, pois se trata de uma região única no país, com clima, microclima, altitude e relevo diferente das demais, dando origem a um terroir específico. Acho que o grande desafio das empresas e dos viticultores está na forma de explorar o melhor que essa região tem a oferecer”, diz o presidente do Instituto, Dirceu Scottá.
Hoje, a região dos vinhos de altitude do Estado produz cerca de um milhão e meio de garrafas por ano. São 35 vinícolas que juntas produzem mais de 200 rótulos diferentes, com um faturamento estimado em mais de R$ 150 milhões ao ano. “Temos amor por essa uvinha, que depois transformamos neste líquido precioso. E aí, somos compensados com esses prêmios”, destaca a sommelier da Vinícola Monte Agudo, de São Joaquim, Carolina Rojas Ferraz.
Para o enólogo Jean Pierre, o segredo da qualidade e do sucesso está no clima e na altitude em que as uvas são produzidas. “Com as noites frias a planta para de crescer e essa redução no crescimento se transforma em energia que vai para os frutos, e é exatamente o que queremos para poder fazer os bons vinhos”, diz.
A tecnologia também auxilia no resultado positivo. Para aproveitar mais o produto, vinícolas estão apostando no enoturismo. A atividade alia as belas paisagens, experiências diferentes em meio à natureza e a degustação dos vinhos. Tem por exemplo o chamado sunset, onde o visitante tem uma aula sobre a produção dos vinhos e espumantes e depois pode degustar a bebida com um pôr do sol de presente.
A engenheira química Estela Pereira Campos diz que a experiência é valiosa. “É um momento super agradável, onde você termina o dia descontraidamente, troca ideia com os amigos, degustando um bom vinho, harmonizado com um bom prato e de brinde você ganha esse presente lindo que é esse pôr do sol daqui. São momentos assim que fazem a vida valer a pena. Além disso, as vinícolas oferecem almoços e jantares harmonizados e piqueniques em meio aos vinhedos”.
Aula de história a céu aberto
Um projeto pioneiro de Santa Catarina está levando estudantes para estudar história nas vinícolas. Uma ideia que surgiu do professor da EEB Padre Antônio Vieira, de Anita Garilbaldi e historiador Gil Karlos Ferri, chamado História e Vitivinicultura.
Estudantes do ensino fundamental estão conhecendo na prática, em saídas de campo, como funciona a produção de vinho e a história da região onde o empreendimento foi escolhido. Economia e turismo também são assuntos tratados nessa aula. Depois de cada visita os estudantes produzem um relatório do que aprenderam com a atividade.
Um projeto pioneiro em Santa Catarina está levando alunos para estudar história nas vinícolas. A ideia surgiu com o professor da EEB Padre Antônio Vieira, de Anita Garilbaldi, e historiador Gil Karlos Ferri. A iniciativa foi batizada com o nome de História e Vitivinicultura.
Estudantes do ensino fundamental estão conhecendo na prática, em saídas de campo, como funciona a produção de vinho e a história da região onde o empreendimento foi escolhido. Economia e turismo também são assuntos tratados nessa aula. Depois de cada visita os estudantes produzem um relatório onde detalhem tudo o que aprenderam com a atividade.Uma ação que torna as aulas mais dinâmicas e fomenta a cultura local.
Com informações do site Diário Catarinense