Júlia Volp era natural de Morro da Fumaça e morava em Criciúma. Ela foi encontrada morta, na tarde desta segunda-feira (4), no Norte de Florianópolis. Segundo informações obtidas pelo jornal Hora de Santa Catarina, ela havia viajado para a Capital para trabalhar como garota de programa. Júlia buscava juntar dinheiro para viajar para a Itália e guardava cerca de 700 euros na bolsa.
Conforme o namorado da vítima, ela estava com uma amiga para ficarem em uma casa na Vargem do Bom Jesus. O casal conversou por último pelo Whatsapp pouco depois da final do Grêmio na Libertadores. Ela viu o aplicativo pela última vez às 23h51 de quarta-feira.
“No dia 21 de novembro, a Júlia tinha ido para a Itália, onde ia trabalhar lá. Só que ela foi barrada no aeroporto porque a agência que tinha a levado não pagou o hotel. Depois disso, ela voltou pro Brasil e ficou na minha casa. Ela queria juntar mais dinheiro para voltar para a Itália, era o sonho dela”, disse Bruno.
Segundo ele, no dia 28 de novembro, a mala de Júlia, que havia ficado presa no aeroporto voltou para a casa do namorado. “Ela me disse que ia pra Florianópolis assim que a mala chegasse. Eu falei para ela não ir. Toda vez que ia era incomodação, às vezes não rendia bem. Mas a Júlia é assim, quando ela bota alguma coisa na cabeça, ninguém mudava de ideia”, conta o namorado.
A jovem teria viajado com uma amiga ainda na quarta-feira (29) para Florianópolis. Segundo o namorado, ela foi para a casa de uma pessoa que gerenciava os programas na Vargem do Bom Jesus, deixado as malas em um quarto, e, na sequência, ido a um ponto de prostituição nos Ingleses.
Júlia iniciou a transição aos 15 anos através de hormônios, mas ainda possui os documentos com o nome de batismo, Jean Carlos da Silva Bruch. No começo do ano, ela participou de um concurso de beleza trans, o Miss T Brasil.
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