Após ser deflagrada a Operação Seival na última quarta-feira, dois investigados, que ocupavam cargos comissionados na prefeitura de Laguna, foram exonerados pelo prefeito Mauro Candemil.
Antônio Noel Navarro Monteiro, que ocupava o cargo de chefe do Gabinete do prefeito, e Antônio Michel Graboski Laureano, secretário da Pesca e Agricultura, foram os servidores exonerados. As portarias foram assinadas nessa sexta-feira pelo prefeito Mauro Candemil.
Através de nota, a prefeitura de Laguna afirma que, “diante dos fatos ocorridos envolvendo alguns agentes públicos, vinculados à administração municipal, o prefeito Mauro Vargas Candemil, mesmo empreendendo viagem à capital federal, determinou que fosse exonerado de sua função o secretário de Pesca do município, bem como fosse afastado temporariamente qualquer outro servidor que supostamente tenha envolvimento com qualquer infração disciplinar”.
Mauro Candemil destaca que o chefe de Gabinete apresentou, no dia 22, mediante carta, seu pedido de exoneração, que foi aceito pelo prefeito, “a fim de que aquele agente público possa produzir sua defesa, sem nenhum prejuízo para a normalidade da administração municipal”, esclarece a nota.
O prefeito de Laguna destaca ainda que os materiais supostamente desviados do Ceal são de uma obra estadual, sem nenhum vínculo com erário municipal.
Em seu posicionamento, Candemil disse que outras ações foram desencadeadas na administração passada e que não pode responder por esses atos. Ele assegura que não há nada que desabone a atual Comissão de Licitação do município, todavia determinou que todos os fatos sejam apurados e que está à disposição da Justiça no intuito de colaborar e auxiliar na apuração dos fatos.
Sobre o caso
A operação Seival foi deflagrada pela Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DCCPP/DEIC) e pela Delegacia da Comarca de Laguna, em conjunto com o Ministério Público, por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Laguna. Contou com o cumprimento de 76 ordens judiciais, sendo sete prisões preventivas, seis prisões temporárias, 25 mandados de condução coercitiva e 38 mandados de busca e apreensão, para investigação de possíveis fraudes em licitações.
Com informações do Jornal Diário do Sul