Conforme a Polícia Civil, um grupo de cinco empresários sempre ganhava as licitações do município, com auxílio de políticos.
O vereador Antônio César da Silva Laureano e o secretário municipal de Pesca, Antônio Michel Graboski Laureano, pai e filho, estão entre os investigados presos pela Operação Seival. Nesta quarta-feira (22), delegados da Diretoria Estadual de Investigações Criminais – Deic e da Delegacia da Comarca – DPCo de Laguna deram detalhes da investigação.
Ao todo, 13 pessoas foram presas na terça-feira (21), quando a operação foi deflagrada. Seis são prisões temporárias e as outras sete, preventivas. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela Polícia Civil. Foram cumpridas 76 ordens judiciais. Os suspeitos são investigados em três inquéritos policiais.
O advogado do vereador e do secretário, Daniel Silva Machado, confirmou que os dois estão detidos, mas tranquilos, e têm convicção que não cometeram irregularidades. Machado ainda diz que irá entrar com um pedido de habeas corpus e que durante o processo será esclarecido que houve um mal entendido.
Conforme o delegado Marcus Vinícius Fraile, um mesmo grupo criminoso de empresários é suspeito de conseguir as licitações do município em um esquema com políticos. “São cinco pessoas que integram três empresas. Inclusive membros do grupo acabaram de ganhar uma nova licitação, de R$ 1 milhão, que vamos analisar documentaçao para verificar se houve fraude”, disse Fraile.
Ainda de acordo com Fraile, todos os suspeitos foram presos. Também foi detido no esquema um leiloeiro, que auxiliaria a facilitar as licitações. A Polícia Civil apreendeu documentos relacionados a duas licitações em 2016: uma de uma construção de um restaurante escolar, no valor de R$ 42 mil, e outra de construção de gavetas mortuárias, de R$ 20 mil.
Conforme Fraile, ainda não é possível afirmar quanto foi o valor total envolvendo ajustes e combinações em licitações, mas é possível que outras licitações tenham sido direcionadas. “O próprio portal de transparência do município não fornece nada de informações. Meio que proposital”, contou. “A gente tem que pedir busca e apreensão de documentos porque não tá ali do jeito que deveria ser”, concluiu Fraile.
Com informações do site G1 SC