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Secretário de Educação de Orleans esclarece polêmicas a respeito de encerramento de atividades

Secretário de Orleans esclarece polêmicas a respeito de encerramento de atividades

Foto: Reinaldo Coan / Imprensa News Sul

Secretário de Educação de Orleans, Lindekson Resin, prestou esclarecimentos relacionados à pasta durante a sessão ordinária desta semana, na Casa Legislativa. Na oportunidade, ele apresentou ações realizadas, esclareceu assuntos abordados anteriormente pelos vereadores e também esclareceu dúvidas.

“É uma honra estar nesta noite falando sobre as especulações que as pessoas fazem, claro, talvez preocupadas. Gostaríamos de afirmar que nosso governo tem uma intenção positiva para acertar cada vez mais e nós não temos dúvidas que a educação é o pilar de tudo na sociedade. Quando a educação não dá conta, todas as outras preocupações surgem. Por isso, queremos oferecer escolas de qualidade, cada vez mais ampliadas e melhoradas para que nossas crianças se sintam bem”, afirmou ele ao iniciar o pronunciamento.

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Em seguida, ele afirmou que, assim que a nova gestão assumiu, no início deste ano, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb era de 5,3. Conforme o secretário, tal situação preocupou o prefeito e o vice, Jorge Koch e Mário Coan. “Nas cidades das encostas da serra, nas regiões da Amrec e da Amurel, Orleans era a que tinha o pior Ideb. Não podemos e não vamos deixar que isso se mantenha”, garantiu. Ele contou ainda que, na ocasião, isso foi tratado como prioridade e, para mudar tal cenário, foi estabelecida a parceira com a Editora Positivo, sendo investidos R$ 348 mil.

“Já temos toda a garantia da qualidade do ensino, pois criamos uma avaliação interna nas escolas intitulada de Prova Orleans Positivo. A iniciativa envolveu desde alunos do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental com o intuito de analisar a aprendizagem. Esta semana, está sendo realizada em todas as escolas da educação básica a segunda etapa da prova. Logo, teremos os resultados. Além disso, os pais já têm se mostrado satisfeitos. Estamos sabemos que estamos no caminho certo”. Conforme ele, no próximo ano, o serviço será ampliado para as crianças da educação infantil do Pré II, com investimento de R$ 525 mil.

Encerramento do Núcleo de Apoio Pedagógico de Produção Braille

O secretário de Educação explicou ainda sobre o motivo do encerramento das atividades do Núcleo de Apoio Pedagógico de Produção Braille – NAPPB, em Orleans. “Se não me engano, foi fundado em 2001, quando o MEC descentralizou a produção braille. Em Santa Catarina, há três núcleos que desenvolvem um trabalho voltado para produção de livros didáticos em braille. Um em Orleans, abrangendo desde Garopaba a Santa Rosa do Sul, e os outros dois na Grande Florianópolis e em Chapecó”, explicou.

Segundo ele, até 2014, havia alunos cegos em Orleans. “Desde então, não há mais. Então nos deparamos com um gasto de aproximadamente R$ 320 mil por ano. Digamos que é um gasto, pois não está beneficiando nenhum de nossos munícipes. Este material é produzido no núcleo de Orleans e escoado para oito municípios, mais três Gerências Regionais de Educação. Vimos que não é justo com o nosso cidadão orleanenses. No início do ano, passamos a ter muitas conversas com o objetivo de decidir se vamos ou não encerrar essas atividades”, detalhou.

A partir disso, um Protocolo de Intenções com 48 páginas foi produzido e os oito prefeitos foram visitados para apresentar o documento. O objetivo era criar um consórcio. “Fomos bem atendidos. Porém, neste trabalho intensivo, desde Garopaba, Imaruí, Rio Fortuna, Araranguá, Urussanga, Braço do Norte e Criciúma, que possuem alunos e que recebem material produzido aqui, todos aceitaram a ideia. Só que marcamos a reunião em nosso município, por ser a sede, para que viessem discutir e assinar o Protocolo de Intenções, que viria para vocês vereadores aprovarem ou não a Prefeitura de Orleans a fazer parte do consórcio. Acontece que apenas dois prefeitos vieram e ainda saíram de mãos vazias, dizendo que levariam para a sua regional para ver se outras cidades poderiam nos ajudar”.

Segundo ele, a contribuição de apenas um salário mínimo por município seria suficiente. “Voltamos a conversar em nosso município, entre o nosso governo, e aí então tomamos a decisão de encerrar as atividades dessa produção braille”, justificou. Por fim, garantiu que, caso volte a haver alunos que necessitem no município, não será um problema. “Uma máquina de braille atualmente custa em torno de R$ 300 mil, mais moderna do que a utilizada até então. Além disso, os professores especializados em Orleans poderão produzir o material aos alunos da cidade”.

Encerramento do Supletivo

Ainda conforme Lindekson, o Supletivo foi fundado em 1991 em Orleans. “Era voltado para as pessoas que não tinham mais oportunidade de estudar. Foi muito útil para nossa sociedade. Mas agora constatamos e temos coragem de apresentar aos senhores a realidade da educação em nosso município. Supletivo é Ensino Médio, que é de responsabilidade exclusiva do Governo do Estado. Município não recebe recurso para educar esta etapa de aprendizagem”, informou.

“Além disso, nosso número de alunos é baixo no Supletivo. Começa com o número e vai diminuindo ao longo do ano. Há também muitas faltas registradas. Muitos esperam completar 18 anos para, ao invés de concluir o Ensino Médico regular em três anos, fazê-lo em apenas um ano e mio. Entretanto, as nossa Administração Municipal irá valorizar a educação no tempo certo. Aos que realmente precisarem, há na Galeria Zomer e Berger o EJA e o SEJA para educação de jovens e adultos, que também leva um ano e meio para encerrar o Ensino Médio, só que de outra forma e outra modalidade”, destacou.

Sedo assim, tendo em vista que esta não é uma responsabilidade do Município, foi optado foi encerrar as atividades e investir no que é de obrigatoriedade da Prefeitura de Orleans. “Já que ninguém sairá prejudicado, iremos reverter esses recursos para a educação infantil, resultando em mais vagas nas creches e em melhoramento nas demais unidades escolares. Mesmo assim, não vamos simplesmente encerrar o Supletivo, vamos dar a devida terminalidade, até que os que já estão cursando encerrem o ciclo”, adiantou.

Outros assuntos foram abordados; acompanhe o pronunciamento completo no vídeo abaixo:

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