Em audiência de instrução e julgamento, defesa de réus pede revogação da prisão preventiva de presidente da Oscip.
O juízo da 2ª Vara Criminal do Fórum da Comarca de Criciúma acatou o pedido da defesa dos réus da Operação Multiplicando Talentos, temendo retorno à estaca zero do processo, e alterou a data da audiência de instrução e julgamento que ocorreria nessa sexta-feira (3). As testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público, deverão agora depor no próximo dia 16.
Conforme o advogado Ivo Carminatti, que trabalha na defesa dos acusados, a defesa requereu acesso às mídias do processo. Até então, os advogados não tiveram acesso às escutas telefônicas gravadas durante os trabalhos de investigação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – Gaeco.
Multiplicando desiste de convênio com Estado
Ainda, durante a audiência, a defesa pediu a revogação da prisão preventiva do então presidente da Multiplicando Talentos, único réu que segue detido no Presídio Santa Augusta após a operação deflagrada pelo Gaeco. De acordo com a defesa, a diretoria da Multiplicando Talentos notificou a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania sobre a rescisão do convênio criado entre as partes. “A Multiplicando Talentos não tem mais interesse em gerir os Centro de Atendimento Socioeducativos Provisórios (Caseps) e Casas de Semiliberdade”, pontua Carminatti.
O Estado foi notificado há cerca de 15 dias. Dessa forma, segundo o advogado, os fundamentos da prisão preventiva são afastados. O juízo deu vistas ao Ministério Público, que nos próximos dias deve se manifestar sobre a revogação da prisão. A Secretaria de Estado Justiça e Cidadania foi procurada, mas a reportagem não obteve resposta.
Outras audiências
Em virtude da quantidade de réus e testemunhas arroladas para este processo, uma série de audiências de instrução e julgamento foi marcada até dezembro. Além do dia 16 de novembro, o dia 6 de novembro também está reservado para a tomada de depoimentos.
A operação deflagrada pelo Gaeco visou combater o desvio de recursos públicos na administração dos Centros de Atendimentos Socioeducativos Provisórios – Casep de Criciúma e Tubarão, bem como nas Casas de Semiliberdade de Criciúma e Araranguá. Nove pessoas foram presas, porém apenas o presidente da Multiplicando Talentos continua detido.
Com informações do Portal DN Sul