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Setor atacadista em ritmo de crescimento

Foto: Divulgação / DS

José Carlos Heidemann Esser tem 35 anos, nasceu em Grão Pará e mora em Gravatal. O empresário começou a trabalhar aos 11 anos ajudando o pai no setor de suinocultura. Foi de servente de pedreiro a mestre de obras na construção de granjas. Neste período, adquiriu o espírito de liderança. Aos 23, entrou para o setor de supermercados.

Hoje, José Carlos é proprietário do Líder Atacadista, está a um mês de abrir sua quarta loja e chegar à marca de 500 funcionários. José Carlos tem como meta uma nova loja por ano, no mínimo. A receita do crescimento, durante a crise que o país supera, vem de muito estudo e da necessidade de ter foco, segundo o próprio empresário.

-Como surgiu a ideia de montar um atacadista?
José Carlos Heidemann Esser – Eu comecei em 2006 no ramo de supermercados. Em 2015, eu vi que a tendência era atacarejo (venda no atacado e varejo). A região não era explorada nesta área e eu montei o primeiro estabelecimento com este conceito, que foi inaugurado em Capivari de Baixo, em novembro de 2015. Depois, planejei abrir uma nova loja por ano. Em setembro de 2016, transformei o supermercado de Braço do Norte em atacarejo. Em dezembro do mesmo ano, abri em Imbituba também. No próximo mês, vamos abrir em Tubarão. Para o próximo ano já existe o projeto para outra cidade e estamos em negociação.

-Qual a dimensão atual da empresa? Quantos funcionários são empregados?
José Carlos – O Líder Atacadista, com a loja de Tubarão, chega a 500 funcionários. Há uma preocupação com a qualidade e com o bem-estar dos funcionários. Eu comecei a trabalhar com 11 anos com meu pai no ramo de suinocultura. O primeiro serviço foi trabalhar de servente de pedreiro na construção das granjas. Com 13 anos, eu já era pedreiro. Três anos depois, mestre de obras. Então, com 16 anos eu já me tornava um líder. Aos 23 anos, eu ingressei na parte de supermercados, além de ser formado em Agronomia pela Unisul.

-Como o senhor avalia a retomada da economia e percebe o momento atual?
José Carlos – Este momento da economia serviu para a gente se ajustar. É um momento de oportunidade, para organizar melhor as empresas também.

-A sua empresa foi uma das que mais cresceu durante a crise. Expandiu de Braço do Norte para Capivari de Baixo, Imbituba e agora chega a Tubarão. Qual a receita para investir em um momento como o que passamos?
José Carlos – É preciso ter foco. Quando eu comecei o Líder Atacadista, eu trabalhava com outros setores, não trabalhava só com supermercado. Agora, estou focado no atacarejo e sou a maior rede do Sul de Santa Catarina. E quero continuar sendo, este é meu propósito: focar. Tem que ser o melhor e ter diferencial no que faz. Ler alguns bons livros também pode ajudar, além de estudar bastante. Indico “Empresas feitas para vencer”, de Jim Collins.

-Como está a preparação para inaugurar a próxima loja, desta vez em Tubarão?
José Carlos – A inauguração vai ocorrer no início de dezembro. Serão contratados 150 funcionários. Parte já está em treinamento no Líder Atacadista de Capivari. A obra está 80% concluída. Será uma obra de 6.700 metros quadrados, executada em 100 dias. O investimento é o maior feito pela rede e será a maior loja também. Era um sonho antigo vir para Tubarão. É uma cidade que eu acredito muito. Uma das maiores de Santa Catarina. Há muito empenho do setor público em trazer empresas para a cidade. Vou fazer o melhor por Tubarão e região. Estarei presente semanalmente ou diariamente na loja para atender aos clientes, ouvir elogios, críticas e sugestões para melhorias.

-Deve se instalar no município outro atacadista. Como o senhor vê este mercado?
José Carlos – Isso mostra o potencial que tem a cidade. Mostra que vim para o lugar certo, se ele está vindo também. Tenho certeza de que todos vão se dar bem. Eles vão fazer o melhor. Eu também. Sabendo disso, estamos nos preparando mais. E quem vai ganhar é a população. O Líder Atacadista simplesmente quer seu espaço.

-Qual o diferencial em relação aos supermercados tradicionais?
José Carlos – O atacarejo é o elo mais próximo entre a indústria e o cliente. Os maiores clientes do atacarejo são supermercados, minimercados, bares e lanchonetes, conveniências. Pela quantidade que compra e venda, o atacarejo consegue um preço bem atrativo na indústria. Este preço é a forma operacional dele trabalhar e, assim, vai conseguir passar a mercadoria por um preço bem mais barato para o cliente.

-Quanto o cliente pode economizar mensalmente ao optar por compras no setor atacadista?
José Carlos – Com o Líder Atacadista em Tubarão, calculando a expectativa de faturamento, é possível afirmar que os clientes conseguirão economizar, ao todo, mais de R$ 1 milhão por mês ao optar por comprar no atacarejo. Com esta economia, ele vai poder investir em saúde, educação e lazer, por exemplo. Eu acredito que quando criamos algo que faz bem para as pessoas, você se dá bem. Eu, ao fazer o cliente economizar, o faço ter uma vida melhor. Isso é a razão do meu sucesso.

-Quais novidades a empresa pretende trazer para seus clientes?
José Carlos – Temos uma novidade para a região que até então não existia aqui. É o autoatendimento, no qual o cliente que trabalha com cartão poderá se autoatender. Isso é uma grande novidade.

-O Líder aceita apenas cartão de débito, vai passar a aceitar cartão de crédito para todas as compras?
José Carlos – A partir deste sábado, passaremos a aceitar crédito também. Devido ao tamanho do Líder, conseguimos uma taxa atrativa com a qual poderemos aceitar o cartão de crédito. O que era uma reivindicação de muitos clientes. Vai ser um grande diferencial do Líder Atacadista também. Com certeza, vai dar um resultado muito grande. A preocupação nestes dois anos era aceitar o cartão, mas manter os preços. Isso vai acontecer.

-Quais são os planos do senhor para os próximos anos?
José Carlos – Recebo um bombardeio de informações de locais para montar lojas do Líder Atacadista e de investidores. Mas eu tento pensar um passo de cada vez. Vamos terminar Tubarão e vamos pensar na outra. Eu tenho um planejamento para as próximas três lojas. Claro, já sei onde vão ser. Mas tudo depende de vários fatores que precisam ser analisados. Minha meta é passar de dez lojas. Tenho 35 anos, e esta é minha meta mínima.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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