Natã dos Santos Lalau está realizando o sonho de vida, para o qual se preparou desde os oito anos, e ainda nem atingiu a maioridade. O atleta criciumense, há poucos dias, quando iniciou o ano letivo nos Estados Unidos, passou a fazer parte do time de basquete da Layton Christian Academy, escola de ensino médio, que disputa os campeonatos de high school, no Estado de Utah. Nos próximos dois anos, o jogador vai morar e estudar na cidade de Layton, convivendo em casa de família com colegas de várias partes do mundo.
O foco do atleta todos estes anos foi tão certeiro que o garoto não só se dedicou intensivamente aos treinos do basquete. Desde criança, estudou inglês em escola particular para, quando chegasse a oportunidade de jogar nos Estados Unidos, contar com o diferencial de dominar o idioma daquele país. O convite para continuar os estudos por lá e representar o time da escola ocorreu depois que ele mesmo enviou um vídeo com seus melhores momentos para alguns treinadores americanos.
Em quadra, o jogador de 1,81 metro ocupa a posição de ala armador e competia, até então, na categoria júnior, com 17 anos, pelo Criciúma Basquete Clube. Já em sala de aula e na convivência com os colegas americanos e de outros países, Natã “tira onda” ao garantir que a adaptação aos costumes e à comunicação em inglês está tranquila. “Eu estudei no Yázigi de Criciúma por oito anos e foi fundamental para eu chegar aqui e já conseguir falar com todo mundo, estudar as matérias no colégio e manter as notas boas”, conta o garoto.
O pai do atleta, Antônio Luiz Lalau, ex-técnico de basquete, está com o coração dividido: feliz por ver o filho realizar o sonho de todo menino do basquete, que é jogar nos times dos Estados Unidos e triste pela saudade de não o ter em convivência diária. “Ele se preparou a vida toda para esta oportunidade, treinando e estudando inglês. A experiência será primordial para se consolidar como atleta profissional. É o primeiro passo para chegar à NBA”, analisa e vislumbra Lalau quanto ao futuro promissor de Natã.
A notícia da ida do ex-aluno para morar nos Estados Unidos também foi comemorada na escola de idiomas em que ele estudou até o nível avançado de inglês. Para a assistente pedagógica, Caroline Almeida, não é surpresa que ele esteja se saindo bem. “Sabemos que a vivência que teve conosco nesses anos de estudo o preparou de forma excelente para conviver com nativos americanos e demais falantes da língua”. A professora complementa que “aprender inglês no Yázigi é mais que apenas adquirir o idioma, é compreender também os seus aspectos culturais e globais”.
Colaboração: Taize Pizoni de Souza