Segundo MPSC, casal que liderava esquema está entre os detidos. Estimativa é de que fraudes totalizem R$ 15 milhões.
A Operação Off-line, contra um grupo suspeito de fraudes em vendas virtuais, prendeu 17 pessoas em Santa Catarina nesta quarta-feira (26), informou o promotor de Justiça Odair Tramontim. Segundo o depoimento de um dos presos, a quadrilha aplicou golpes no total de R$ 15 milhões. Para isso, abria falsas lojas virtuais na internet.
Todos os nove mandados de prisão temporária e os sete de prisão preventiva foram cumpridos, disse o promotor. Também houve uma prisão em flagrante, após serem encontradas drogas na casa de um suspeito durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Entre os presos está o casal que liderava o esquema. Os mandados foram cumpridos em oito cidades catarinenses.
Esquema
“Eles criavam a empresa virtual em nome de laranjas e abriam contas-correntes para o depósito das compras. Eles nunca entregaram nenhuma mercadoria”, explicou o promotor. Quando as lojas eram alvo de reclamações na internet e na própria polícia, o grupo criava outras. O Gaeco descobriu 19 delas, mas acredita que haja mais.
Microempreendedores individuais eram usados como laranjas para abrir conta em banco, para onde o dinheiro do site era encaminhado. Em troca, os laranjas levavam de 10% a 15% do valor depositado pelas vítimas. Como os microempreendendores individuais não podem faturar mais que R$ 60 mil por ano, logo a conta era bloqueada pelos bancos e os criminosos procuravam outro laranja e abriam outra loja virtual.
“Para mostrar aos compradores, nos últimos tempos eles alugavam salas comerciais, faziam plotagem, tiravam fotografia e divulgavam na internet. O objetivo era dar aparência de que existia loja física. Eles também gravavam vídeos de supostos consumidores, diziam que a mercadoria teria sido entregue. Com esses artifícios, conseguiam enganar os consumidores”, explicou o promotor.
A investigação do Gaeco começou em março, depois de denúncias feitas por algumas vítimas que procuraram o Ministério Público de Santa Catarina. A maioria dos envolvidos no esquema tem entre 19 e 24 anos. A investigação chegou até eles pelas postagens que faziam nas redes sociais, ostentando muito dinheiro, alguns com carros importados.
Com informações do site G1 SC